25 de mai. de 2008

Nossa história Parte 2

O AMARGOR DO DESAPONTAMENTO

Mas o anoitecer do dia 22 de outubro de 1844 trouxe para milhares de pessoas um dos mais chocantes desapontamentos de que se tem notícia. A tensa expectativa durante as horas do dia fatídico; o ante gozo de uma felicidade nova e eterna; a agradável doçura da proclamação de um evento, transformaram-se em amarga desilusão. Foi tríplice a conseqüência do desapontamento, que já na mesma noite de 22 de outubro de 1844 se esboçava e que se tornou evidente com o decorrer dos dias. Esse tríplice resultado foi:
1.°. O retorno de grande número a sua anterior maneira de viver, sem fé e sem esperança religiosa;
2.°. Outros persistiram em marcar novas datas para a volta de Cristo, desanimando por fim e desaparecendo como agrupamento religioso;
3.°. Um terceiro grupo, formado por pessoas devotas e mais sinceras, embora bem reduzido em número, manteve-se unido no reexame das Sagradas Escrituras, com muita oração e jejuns, com o objetivo de descobrir onde estava o erro que motivara o desapontamento.
"Seguiu-se daí uma cuidadosa investigação das Escrituras, de todos os textos que tocavam neste assunto - particularmente os de Hebreus - por parte de Hiram Edson e dois íntimos associados, o Dr. F. B. Hahn, médico, e O. R. L. Crosier, professor. O resultado do estudo deste grupo foi escrito por Crosier e publicado, primeiro no The Day Dawn, um jornal de circulação limitada, e então reescrito e ampliado no formato num exemplar especial do Day-Star, em 7 de fevereiro de 1846. Este foi o jornal adventista mais amplamente lido, publicado em Cincinnati, Ohio. Por este meio foi alcançado certo número dos desapontados crentes do advento. A então extensa apresentação, bem comprovada pelas Escrituras, levou esperança e coragem ao coração deles, ao mostrar claramente que o santuário devia ser purificado ao fim dos 2.300 dias no Céu, e não na Terra, como haviam crido então". (Cristo em seu santuário pág. 9).

Disse Ellen White: "Muitos de nosso povo não reconhecem quão firmemente foram lançados os alicerces de nossa fé. Meu esposo, [Tiago white] o Pastor José Bates, Estevão Pierce, o Pastor Hiram Edson, e outros que eram inteligentes, nobres e verdadeiros, achavam-se entre os que, expirado o tempo em 1844, buscavam a verdade como a tesouros escondidos. Reunia-me com eles, e estudávamos e orávamos fervorosamente. Muitas vezes ficávamos reunidos até alta noite, e às vezes a noite toda, pedindo luz e estudando a Palavra. Repetidas vezes esses irmãos se reuniram para estudar a Bíblia, a fim de que conhecessem seu sentido e estivessem preparados para ensiná-la com poder. Quando, em seu estudo, chegavam a ponto de dizerem: "Nada mais podemos fazer", o Espírito do Senhor vinha sobre mim, e eu era arrebatada em visão, e era-me dada uma clara explanação das passagens que estivéramos estudando, com instruções quanto à maneira em que devíamos trabalhar e ensinar eficientemente. Assim nos foi proporcionada luz que nos ajudou a compreender as passagens acerca de Cristo, Sua missão e sacerdócio. Foi-me tornada clara uma seqüência de verdades que se estendia daquele tempo até ao tempo em que entraremos na cidade de Deus, e transmiti aos outros as instruções que o Senhor me dera." (Cristo em seu santuário pág. 10)
O resultado disto, que veio progressivamente, foi a recomposição do quadro doutrinário evangélico, com doutrinas apoiadas exclusivamente pela Bíblia. Crenças até então populares foram rejeitadas, como a do primeiro dia da semana (Domingo) como dia de guarda; a da imortalidade da alma, que contraria os propósitos da segunda vinda de Cristo, ocasião em que, segundo a Bíblia, os justos mortos ressuscitarão e os justos vivos serão transformados; a aceitação da Lei de Deus dos Dez Mandamentos, como está na Bíblia e a obrigatoriedade da sua observância; e muitas outras, inclusive foi dada especial ênfase aos princípios de saúde. A imprensa teve papel saliente na divulgação desta nova corrente religiosa, que logo tomou decisões e fez planos que a projetou nos Estados Unidos e, dali, para todo o mundo. Foi em 1860 que foi adotado o nome de Adventista do Sétimo Dia, que significa a crença no segundo advento de Jesus Cristo e a adoção do sétimo dia da semana (o Sábado) como dia de guarda. Os nomes de importância na formação da Igreja Adventista do Sétimo Dia foram: José Bates, J. N. Andrews, Uriah Smith, Hiram Edson, Tiago White, Ellen Gould Harmon, Raquel Oakes, José Turner e J. N. Loughborough, sem desmerecer a atuação de muitos outros.
A juventude foi um atributo desses líderes, com idade média de 20 anos em sua maioria.

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