16 de set. de 2012

Cristologia


No ano 325 em Nicéia (na Turquia moderna); o Imperador Constantino o Grande, convocou um concílio. 318 bispos estiveram presentes; o velho Papa Silvestre era representado por vários padres. 
O assunto principal foi: É o Filho Encarnado Jesus Cristo divino no mesmo sentido que o Pai? Contestado pelo padre Arius de Alexandria e seus seguidores.
O resultado foi: Os bispos formularam um credo afirmando que o Filho é Deus no mesmo sentido que o Pai. Todos menos dois bispos aprovaram o Credo. 
No entanto, depois do Concílio, apoiadores de Arius com influência na corte imperial reabilitam-no e permitiram a continuação da disseminação das suas idéias. 
Em plena controvérsia ariana, o Bispo Apolinário de Laodicéia (Síria), 310´390, afirmava que em Cristo as duas naturezas completas (Divindade e humanidade) não podem tornar-se um ser único; se Jesus as tivesse, Ele teria duas pessoas o que seria monstruoso.Livro negro do cristianismo pág. 35.

Nestório, elevado à cátedra episcopal de Constantinopla em 428. Afirmava que o Lógos habitava na humanidade de Jesus como um homem se acha num templo ou numa veste; haveria duas pessoas, em Jesus, uma divina e outra humana.
 Por conseguinte, Maria seria a Mãe de Deus (Theotókos), não apenas Mãe de Cristo (Christokós.
No ano 431 em Éfeso (Turquia Moderna); o Imperador Teodósio II convocou um concílio. Cerca de 150 bispos estiveram presentes; o Papa Celestino estava representado por três delegados. O assunto principal foi a relação da natureza humana e divina de Cristo provocada por debate sobre se Maria deveria chamar-se Mãe de Deus (Theotokos) ou Mãe de Cristo (Christokos). O Concílio confirmou o título de “Theotokos” como apropriado. Enciclopédia britânica v. 19 pág. 412.

No ano 451 em Calcedônia (na Turquia moderna); o Imperador Marciano convocou um concílio. (com a sua mulher, a Imperatriz Pulquéria, presidiu à crucial 6ª sessão). 
600 Bispos estiveram presentes. 
O Papa Leão Magno esteve representado por dois bispos e um padre. 
O assunto principal foi a natureza divina e humana de Cristo, particularmente sobre a tese que defendia que a sua natureza divina absorvia a sua natureza humana. 
O resultado foi á formulação do credo que declara: “nós ensinamos que nosso Senhor Jesus Cristo é um, perfeito Deus e perfeito Homem”. Enciclopédia britânica v. 5 pág. 803.

A igreja católica ensina que o pecado é transmitido por propagação à humanidade inteira, um pecado "contraído" e não "cometido", um estado e não um ato. 
Essa doutrina adquiriu precisão no século V, sob o impulso da reflexão de Santo Agostinho. Ele disse que as crianças nascem sob domínio e poder das trevas. Na descendência de Eva, Deus escolheu a Virgem Maria para ser a Mãe de seu Filho. "Cheia de graça", ela é "o fruto mais excelente da Redenção". Desde o primeiro instante de sua concepção, foi totalmente preservada da mancha do pecado original e permaneceu pura de todo pecado pessoal ao longo de toda a sua vida. E Jesus também foi totalmente preservado da mancha do pecado original. Enciclopédia britânica v. 2 pág. 910.

O joio e o trigo, o falso e o genuíno
A falsificação mais perigosa é aquela que mais se assemelha à verdade. É por isso que as falsificações religiosas são tão mortais, embora freqüentemente toleradas ao invés de serem identificadas e expostas. Os cristãos, em geral, têm medo de ser mal compreendidos caso posicionem contra algo que se parece tanto com a coisa mais pura na religião. Já que geralmente existe apenas uma fina linha separando o melhor do pior, o falso do verdadeiro, eles temem ser acusados de atacar o genuíno, caso se oponham à falsificação. Será que Satanás fabricou algum tipo de falsificação da mais sagrada das doutrinas do Cristianismo? De fato ele a fabricou! E as delicadas diferenças têm levado até mesmo teólogos e eruditos muito reticentes a se oporem a ela abertamente.
Seria possível que nosso poderoso adversário psicológico pudesse antecipar essas imprevisíveis reações humanas e habilidosamente criar sutis desvios da verdade que dificilmente seriam reconhecidos e resistidos? De fato, eu creio que ele seria um tolo se não explorasse seus seis mil anos de experiência nas ciências mentais! É por isso que o caminho do erro sempre jaz tão perto do caminho da verdade inegável. Satanás apostou que o professo Cristão relutaria em tomar posição contra algo tão próximo da verdade, especialmente se tal verdade envolvesse a obra da cruz, ou a imaculada vida do Filho de Deus. Quem gostaria de se posicionar contra essas santas realidades? Parece mais seguro simplesmente tolerar a posição deturpada do que se arriscar a ser mal compreendido ao atacar a falsificação quase perfeita. Estou convencido de que Satanás engenhosamente produziu e popularizou um erro disfarçado, gerando assim uma rede de erros relacionados. Todos esses erros circulam em torno dos assuntos mais sagrados e queridos ao coração de um cristão comprometido - justificação pela fé, a encarnação de Jesus, e a vitória sobre o pecado. Não pode haver dúvida de que as séries de visões errôneas estão relacionadas umas às outras por uma convincente cadeia de lógicas e razões humanas. Se um ponto é verdadeiro, então todos os outros pontos devem, necessariamente, também ser verdadeiros. Mas se um ponto estiver em erro, os outros pontos perdem sua credibilidade.

A mensageira do Senhor nos alerta:
 “Satanás se esforça para atrair a atenção para o homem em lugar de Deus. Induz o povo a olhar para os bispos, pastores, e professores de teologia como seus guias em vez de examinarem as escrituras a fim de por si mesmos aprenderem o seu dever”. O Grande Conflito, pág. 595.
“Não deve a Bíblia ser interpretada para agradar às idéias dos homens, por mais longo que seja o tempo em que têm considerado verdadeiras essas idéias. Não devemos aceitar a opinião de comentaristas como sendo a voz de Deus”. Testemunhos para Ministros, pág.106.
 “A Palavra de Deus precisa ser reconhecida como estando acima de toda a legislação humana. Um "Assim diz o Senhor", não deve ser posto à margem por um "Assim diz a igreja", ou um "Assim diz o Estado". Atos dos Apóstolos, pág. 69.
 “Muitas passagens das Escrituras, que homens doutos consideram mistérios ou passam por alto como merecendo pouca importância, estão cheias de conforto para aquele que aprender na escola de Cristo. Uma das razões por que muitos teólogos não têm melhor compreensão da Bíblia é que eles fecham os olhos para as verdades que não lhes convêm praticar. A compreensão da Bíblia não depende tanto da força intelectual posta ao serviço do seu estudo quanto da singeleza de propósito, do sincero desejo de conhecer a verdade”. Conselhos Sobre a Escola Sabatina, pág. 38.

Como foram formadas as doutrinas Adventistas?
“Depois do grande desapontamento poucos houve que se aplicaram a buscar a Palavra de todo o coração. Alguns, porém, não se assentaram em desânimo, nem negaram que o Senhor os conduzira. A esses a verdade foi aberta ponto por ponto”. Mensagens Escolhidas, vol. 2 Pág. 109.
 “Temos de estar firmados na fé segundo a luz da verdade que nos foi dada em nossa primeira experiência. Naquele tempo, erro após erro procurava forçar entrada entre nós; ministros e doutores introduziam novas doutrinas. Nós estudávamos as Escrituras com muita oração, e o Espírito Santo nos trazia ao espírito a verdade. Por vezes noites inteiras eram consagradas à pesquisa das Escrituras. Juntavam-se para esse fim grupos de homens e mulheres pios. O poder de Deus vinha sobre mim, e eu era habilitada a definir claramente o que era verdade ou erro. Ao serem assim estabelecidos os pontos de nossa fé, nossos pés se colocavam sobre um firme fundamento. Aceitávamos a verdade ponto por ponto, sob a demonstração do Espírito Santo”. Obreiros Evangélicos pág. 302.
 “Os irmãos sabiam que, quando não em visão, eu não compreendia esses assuntos, e aceitaram como luz direta do Céu as revelações dadas”. Mensagens Escolhidas, v. 1 p 207.
 “Foi-me tornada clara uma sequência de verdades que se estendia daquele tempo até ao tempo em que entraremos na cidade de Deus, e transmiti aos outros as instruções que o Senhor me dera”. Cristo Em Seu Santuário, pág. 10.
 “Quando o poder de Deus testifica daquilo que é a verdade, essa verdade deve permanecer para sempre como a verdade. Não devem ser agasalhadas quaisquer suposições posteriores contrárias ao esclarecimento que Deus proporcionou”. Cristo Em Seu Santuário, Pág. 16.
Em 1893 Ellen White disse: “Nada temos que recear quanto ao futuro, a menos que esqueçamos a maneira em que o Senhor nos tem guiado, e os ensinos que nos ministrou no passado". Mensagens Escolhidas, vol. 3 pág. 162. 
Alguns anos depois disse: “Estou inteirada de que o Senhor, por Seu infinito poder, tem preservado a mão direita de Sua mensageira por mais de meio século, a fim de que a verdade possa ser escrita segundo Ele me ordena fazê-lo para publicação, em periódicos e livros. Por quê? - Porque se ela não fosse assim escrita, quando morressem os pioneiros da fé, haveria muitos, novos na fé, que às vezes aceitariam como mensagens verdadeiras a ensinos que contêm sentimentos errôneos e enganos perigosos”. Este Dia Com Deus, pág. 124.

Nota: 
Em 1872 foi formulado por ohai smiff um conjunto de crenças e eram 25.
Em 1889 o numero aumentou para 28.
Em 1894 aumentou para 31.
Em 1931 foram estabelecidas 22 crenças.
Em 1980 em Dalas estabeleceu o conjunto de 27 crenças fundamentais.
E em julho de 2005 foram acrescido para 28 crenças fundamentais.


Perigo a vista:
 “Satanás opera para dividir o povo de Deus justo nesta última fase da história da Terra. Procura criar dissensões e despertar contenda e discussões, e remover, se possível, os velhos marcos da verdade entregue ao povo de Deus”. Cristo Em Seu Santuário, Pág. 19. 
 “Deparar-se-nos-ão falsas doutrinas de toda espécie, e a menos que estejamos familiarizados com o que Cristo disse, e estejamos seguindo Suas instruções, seremos levados por caminhos extraviados. Uma das mais perigosas dessas doutrinas é a da falsa santificação. Alguns há que pretendem estar santos, e todavia estão transgredindo os mandamentos de Deus”. Evangelismo, pág. 595.
 “Introduzir-se-ão divisões na igreja. Desenvolver-se-ão dois partidos. O trigo e o joio crescerão juntos para a ceifa”. Mensagens Escolhidas, vol. 2, pág. 114.
 “Muitas coisas serão apresentadas que parecerão verdadeiras, e, contudo terão de ser ponderadas cuidadosamente, com muita oração; a senda do erro muitas vezes parece com a vereda da verdade, mas a mente iluminada pelo Espírito santo sabe discernir que essa senda diverge do caminho reto”. Testemunhos Seletos, vol. 3 pág. 268.
 “Em toda igreja deve haver um processo tendente a aprimorar e joeirar, pois entre nós há pessoas perversas, que não amam a verdade nem honram a Deus. Haverá uma sacudidura da peneira. No devido tempo, a palha precisa ser separada do trigo”. Eventos Finais, p 173.
 “Uma coisa é certa: Os adventistas do sétimo dia que se colocam sob o estandarte de Satanás abandonarão primeiro sua fé nas advertências e repreensões contidas nos Testemunhos do Espírito de Deus”. Mensagens Escolhidas, vol.3, pág. 84.

Sobre seus escritos Ellen White disse: 
 “Esta obra é de Deus ou não o é. Deus nada faz de parceria com Satanás. Minha obra ou traz o cunho de Deus ou o cunho do maligno. Não há meio-termo neste caso. Ou os Testemunhos procedem do Espírito de Deus ou do diabo”. Testemunhos Seletos, vol. 2, pág. 286.
 “Não escrevo expressando meramente minhas próprias idéias. Eles são o que Deus me expôs em visão - os preciosos raios de luz que brilham do trono”. Mensagens Escolhidas, vol. 1, pág. 27.
 “Nessas cartas que escrevo nos testemunhos que sou portadora, comunico-vos aquilo que o Senhor me apresentou. Não escrevo um artigo sequer, na revista, expressando meramente idéias minhas. São o que Deus me revelou em visão”. Testemunhos Seletos, vol. 2, pág. 26.
Se Ellen White não foi inspirada por Deus, então o movimento que ela guiou - a Igreja Adventista do Sétimo Dia - também é suspeito por causa de seu enorme impacto sobre este movimento. Neste caso, esse movimento não seria a igreja remanescente.

Seria correto aceitar apenas parte dos testemunhos? 
“Quando serve ao vosso desígnio, tratais os Testemunhos como se neles crêsseis, citando trechos deles para reforçar qualquer declaração em que desejais prevalecer. Como é, porém, quando o esclarecimento é dado para corrigir-vos os erros? Aceitais a luz? Quando os Testemunhos falam contrariamente às vossas idéias, então os tratais com desprezo”. Mensagens Escolhidas, vol. 1 pág. 43.
 "Vi que batendo contra as visões eles não batiam contra o verme - o débil instrumento pelo qual Deus falava - mas contra o Espírito Santo. Vi que era pequena coisa falar contra o instrumento, mas que era perigoso menosprezar as palavras de Deus. Vi que se eles estavam em erro e Deus preferia mostrar-lhes seus erros mediante visões, e eles desconsideravam os ensinos de Deus por intermédio delas, seriam deixados a seguir sua própria direção, e correr no caminho do erro, e pensar que estavam direitos, até que o verificassem quando fosse tarde demais". Mensagens Escolhidas, vol. 1 pág. 40.
 “Sou instruída a dizer para nossas igrejas: Estudai os Testemunhos, Eles foram escritos para nossa admoestação e o encorajamento daqueles que serão atingidos pelos eventos do fim do mundo. Se o povo de Deus não estuda estas mensagens que lhes são enviadas de tempo em tempo, eles serão culpados de rejeitar a luz. Regra sobre regra, preceito sobre preceito, um pouco aqui e um pouco ali, Deus está enviando instrução para Seu povo”. CARTA 292, 1907.
 "Não se trata de apresentar outras verdades; mas, pelos Testemunhos, Deus simplificou importantes verdades já reveladas, pondo-as diante de Seu povo pelo meio que Ele próprio escolheu, a fim de despertar e impressionar com elas o seu espírito, para que todos fiquem sem desculpas". Testemunhos Seletos, vol. 2, p. 280 e 281.

Cristología Adventista Antes De 1957
Quem é Jesus?
João batista falou de sua preexistência quando disse: “após mim vem um varão que tem a primazia, porque já existia antes de mim”. João 1:15, 30.
Ele falou de sua preexistência ao dizer: “antes que Abraão existisse, eu sou”. João 8:58.
Antes que houvesse o mundo ele vivia em glória com o pai. (João 17:5). 
Ele é antes de todas as coisas. (Colossenses 1:17).
Ele é o criador de todas as coisa no céu e na terra. (Colossenses 1:16).
Ele é o Deus que se fez carne.  (João 1:1, 14).
 “O grande Criador convocou os exércitos celestiais para, na presença de todos os anjos, conferir honra especial a Seu Filho. O Filho estava assentado no trono com o Pai, e a multidão celestial de santos anjos reunida ao redor. O Pai então fez saber que, por Sua própria decisão, Cristo, Seu Filho, devia ser considerado igual a Ele, assim que em qualquer lugar que estivesse presente Seu Filho, isto valeria pela Sua própria presença. A palavra do Filho devia ser obedecida tão prontamente como a palavra do Pai. Seu Filho foi por Ele investido com autoridade para comandar os exércitos celestiais. Especialmente devia Seu Filho trabalhar em união com Ele na projetada criação da Terra e de cada ser vivente que devia existir sobre ela. O Filho levaria a cabo Sua vontade e Seus propósitos, mas nada faria por Si mesmo. A vontade do Pai seria realizada nEle”. História da Redenção, pág. 13
 “A Cristo foi atribuída uma posição exaltada. Foi feito igual ao Pai”. Testemunhos Seletos, Vol. 3. Pág. 266.
Ele, “subsistindo em forma de Deus, não julgou que o ser igual a Deus fosse coisa de que não devesse abrir mão, mas esvaziou-se, tomando a forma de servo, feito semelhante aos homens” Filipenses 2:6, 7.
“Em nosso benefício o Pai deu Seu único Filho; e Cristo, tendo renunciado a tudo o que possuía, deu-Se a Si mesmo, para que o homem pudesse ser salvo”. Atos dos Apóstolos, pág. 339.

Do que Jesus abriu mão ao se tornar homem?
Como poderia uma consciência humana, com sua natureza limitada, coexistir e manter sua independência numa única pessoa possuindo uma consciência divina, infinita completa? Será que a presença da consciência divina infinita e imutável, não tornaria impossível a operação da maneira livre, da consciência humana finita?
Ainda mais, sendo que a deidade não pode ser tentada (Tiago 1:13), e não tem possibilidade de pecar, a consciência divina não impossibilitaria o Jesus humano de ser tentado ou de cair em tentação? (Hebreus 4:15).
 “Não foi como Deus que foi tentado no deserto, nem devia como Deus suportar as contradições dos pecadores contra Si mesmo”. Mensagens Escolhidas, v 3 pág. 140.
 Se ele possuísse o poder da onipotência, certamente seria independente do pai, ao satisfazer as suas necessidades, para que orar?
Para que isso fosse possível, ele teve que se esvaziar-se de seus direitos de usar os seus atributos divinos.
 “Cristo, a luz do mundo, velou o ofuscante esplendor de Sua divindade, e veio viver como homem entre os homens, a fim de que eles pudessem sem ser consumidos, vir a relacionar-se com seu Criador”. A Ciência Do Bom Viver pág. 419.
 “Cristo, a um custo infinito, por um processo doloroso, misterioso para os anjos, bem como os homens, assumiu a humanidade. Ocultando Sua divindade, pondo de parte Sua glória, Ele nasceu como um bebê em Belém”. Cuidado De Deus pág. 294.

A ausência da onisciência 
A resposta Jesus aos discípulos deixou claro que seu atributo da onisciência não estava em operação. A resposta dele foi: “A respeito daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos, nem o filho, mas, somente o pai”. Mateus. 24:36.
Enquanto na terra, ele não sabia quando ele voltaria, porque o Pai não havia revelado. 
O incidente da figueira sugere uma falta de conhecimento prévio da parte de Jesus. “No dia seguinte, quando saíram de Betânia, teve fome. E, vendo de longe uma figueira com folhas, foi ver se nela, porventura, acharia alguma coisa. Aproximando-se dela, nada achou, senão folhas; porque não era tempo de figos”. Marcos.11:12,13.
Lucas 2:52, diz que ele cresceu em sabedoria e estatura. Para crescer em sabedoria, é preciso estar desprovido da mesma. Então, Jesus, como homem, não poderia ter sido onisciente, sabendo todas as coisas, para crescer em sabedoria.
  Ellen White diz: "Antes de vir à Terra, o plano jazia perante Ele, perfeito em todos os seus detalhes. Ao andar entre os homens, porém, era guiado passo a passo pela vontade do Pai". O Desejado de Todas as Nações, pág.147. 
“As próprias palavras por Ele ditas a Moisés para Israel, eram-Lhe agora ensinadas aos joelhos de Sua mãe”. O Desejado de Todas as Nações, pág. 70. 
 “O próprio Deus, através do Espírito Santo, instruiu Maria na educação de seu filho. Maria ensinava a Jesus as Sagradas Escrituras e Ele aprendeu a ler e a estudar por Si mesmo”. Vida de Jesus pág. 30.
Isso significa que ele não conseguia lembrar o que sabia antes de vir para a terra.
Ela continua: "Cristo em sua vida terrena, nenhuma agenda pessoal foi desenhada. Ele aceitou o plano de Deus para ele e dia após dia o Pai se desenrolava". A Ciência do Bom Viver, pág. 479.
" O Salvador não podia enxergar para além dos portais do sepulcro. A esperança não Lhe apresentava Sua saída da sepultura como vencedor, nem Lhe falava da aceitação do sacrifício por parte do Pai. Temia que o pecado fosse tão ofensivo a Deus, que Sua separação houvesse de ser eterna”. O Desejado de Todas as Nações, pág. 753. 
Durante sua vida na terra, Jesus não sabia o futuro, exceto o que o Pai lhe revelava.

A ausência da onipotência
Jesus disse: "Eu não posso fazer qualquer coisa por mim mesmo” (João 5:30).
Aqui Jesus está dizendo algo que não se espera que um ser onipotente diga. 
Em João 14:10, ele acrescenta: “O Pai que habita em mim faz as obras” 
Um ser onipotente não depende de alguém. Isto sugere que Jesus suspendeu o exercício dos seus poderes.
Após a ressurreição Jesus disse: “Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra” Mateus 28:18. Isso só pode ser dito por alguém que estava desprovido de toda autoridade. 
Paulo declarou: “Deus o exaltou soberanamente e lhe deu o nome que é sobre todo o nome” Filipenses. 2:9. Isso só pode ser dito de alguém que não tinha nome que é sobre todo o nome.

Suas Realizações:
Milagres, prodígios e sinais, Deus realizou por intermédio dele. (Atos 2:22) 
Deus ungiu a Jesus com o espírito santo e com poder, e ele, curou a todos os oprimidos do diabo, porque Deus era com ele. (Atos 10:38) 
Ele disse: “eu expulso demônios pelo espírito de Deus” Mateus 12:28. 
“O centurião viu pelos olhos da fé que os anjos de Deus estavam todos à volta de Jesus, e que Sua palavra poderia comissionar um anjo a aproximar-se do sofredor”. A Verdade Sobre os Anjos, pág.185.  
 “Os milagres de Cristo pelos aflitos e sofredores, foram operados pelo poder de Deus através do ministério dos anjos”. O Desejado de Todas as nações pág. 143.

A ausência da onipresença
 “Limitado pela humanidade, Cristo não poderia estar em toda parte em pessoa”. O Desejado de Todas as Nações, pág. 669.
 Obviamente, Jesus  deixou para trás sua onipresença. 
“Quando, pois, viu a multidão que Jesus não estava ali nem os seus discípulos, tomaram os barcos e partiram para Cafarnaum à sua procura” (João 6:24).
Ele, como homem, estava em um lugar de cada vez. 
Quem quisesse vê-lo teria que ir onde ele estava.

Jesus se esvaziou da imortalidade?
“Em Cristo há vida original, não emprestada, não derivada”. O Desejado de Todas as Nações, pág. 530.
 “Porque assim como o Pai tem vida em si mesmo, também concedeu ao Filho ter vida em si mesmo”. João 5:26.
“Ele não poderia ter (morrido) como Deus; mas, tornando-Se como o homem, Cristo podia morrer”. Exaltai-O pág. 346.
 “Ele Se humilhou a Si mesmo, e tomou sobre Si a mortalidade. Como membro da família humana, era mortal; mas como Deus, era a fonte da vida do mundo”. A fé pela qual eu vivo, pág. 46.
 “deveria descer da pureza e paz do Céu, de sua alegria, glória e vida imortal, e vir em contato com a degradação da Terra, para suportar suas tristezas, ignomínia e morte”. Cristo Triunfante, pág. 31.
Ellen White está dizendo que antes da encarnação Cristo era imortal, e que depois já não era. 1 Pedro 3:18 atesta: “Cristo morreu” e Filipenses. 2:8 confirma: “morte de cruz”. 

Quem ressuscitou a Jesus?
“ao qual, porém, Deus ressuscitou’ At 2:24; “A este Jesus Deus ressuscitou” At 2:32; “matastes o Autor da vida, a quem Deus ressuscitou” At 3:15; “Tendo Deus ressuscitado o seu Servo” At 3:26; “Jesus Cristo, o Nazareno, a quem vós crucificastes, e a quem Deus ressuscitou” At 4:10; “O Deus de nossos pais ressuscitou a Jesus” At 5:30;  “A este ressuscitou Deus no terceiro dia” At 10:40; “Mas Deus o ressuscitou” At 13:30;  “Deus o ressuscitou’ At 13:34;  “aquele a quem Deus ressuscitou” At 13:37; “ressuscitou dentre os mortos a Jesus, nosso Senhor” Rm 4:24;  “Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai” Rm 6:4; “ressuscitou a Jesus dentre os mortos” Rm 8:11; “Deus o ressuscitou dentre os mortos” Rm 10:9; “Deus ressuscitou o Senhor” 1Co 6:14; “ele ressuscitou a Cristo” 1Co 15:15;  “aquele que ressuscitou o Senhor Jesus” 2Co 4:14; “por Jesus Cristo e por Deus Pai, que o ressuscitou” Gl 1:1; “ressuscitando-o e fazendo-o sentar à sua direita nos lugares celestiais” Ef 1:20; “no poder de Deus que o ressuscitou” Cl 2:12; “seu Filho, a quem ele ressuscitou” 1Ts 1:10; “por meio dele, tendes fé em Deus, o qual o ressuscitou” 1Pe 1:21. 
Os textos a seguir parecem dizer que ele ressuscitou a si mesmo.  
 “Destruí este santuário, e em três dias o reconstruirei”. João 2:19.
 “eu dou a minha vida para a reassumir” “Tenho autoridade para a entregar e também para reavê-la”.  João 10:17,18. 
Veja a explicação na pagina seguinte:

A morte e a ressurreição de Cristo foram estabelecidas “antes da fundação do mundo” (I Ped. 1:19,20). Ele mesmo disse através do salmista que o pai: “não deixarás a minha alma na morte, nem permitirás que o teu Santo veja corrupção”. (Sal 16:10). Assim o salmista “referiu-se à ressurreição de Cristo, que nem foi deixado na morte, nem o seu corpo experimentou corrupção. A este Jesus Deus ressuscitou. (Atos 2:31,32).
 Através das escrituras Jesus tinha conhecimento que seria “entregue aos gentios, escarnecido, ultrajado e cuspido; e, depois de o açoitarem, tirar-lhe-ia a vida; mas, ao terceiro dia, ressuscitaria”. Luc 18:31-33.
Na cruz, Jesus morreu a "segunda morte" (Apoc. 20:14; 21:8). Não podia ter sido a primeira morte, porque todos nós, cristãos ou não cristãos, enfrentaremos essa morte. 
“Ele não poderia ter feito isso (morrido) como Deus; mas, tornando-Se como o homem, Cristo podia morrer”. Exaltai-O pág. 346.
Quando Ellen White diz que como Deus Cristo não podia morrer, não significa que a deidade estava consciente na sepultura e que ela trouxe a ressurreição do seu próprio corpo. Se isso acontecesse, a morte de Cristo seria irreal, e todo sacrifício do filho de Deus seria uma farsa. Ela está dizendo que antes da encarnação Cristo era imortal, e que depois já não era.
Cristo morreu a “segunda morte” (Ap 2:11; 20:6, 14; 21:8), da qual não existe ressurreição de criaturas. Como essa morte representa a eterna alienação da criatura do seu Criador, Cristo “ressurgiu do túmulo para a vida que estava nEle mesmo”. Mensagens Escolhidas, vol. 1, pág. 301. “Porque, como o Pai tem a vida em Si mesmo, assim deu também ao Filho ter a vida em Si mesmo”. João 5:26. 
“Aquele que morreu pelos pecados do mundo devia permanecer no sepulcro o tempo designado. Ficou naquela prisão de pedra como prisioneiro da justiça divina. Ele era responsável perante o Juiz do Universo. Ele era portador dos pecados do mundo, e somente Seu Pai O podia libertar”. A fé pela qual eu vivo pág. 50.
Então o poderoso anjo, com voz que fez a terra tremer, disse: "Jesus, Filho de Deus, Teu Pai Te chama!". The Spirit of Prophecy, vol. 3, pág. 192. 
Ao anjo dizer: "Teu Pai Te chama!" Cristo "ressurgiu para a vida que lhe pertencia", mas que estava com o pai, pois "somente Seu Pai O podia libertar da morte”.
 Aquela vida pertencia a Cristo, mas foi restaurada por um ato do pai. 
“Cristo levou consigo para as cortes celestes a Sua glorificada humanidade” A Ciência do Bom Viver, pág. 421.


Que tipo de natureza humana Cristo assumiu?
"Deus enviou seu Filho, nascido de mulher". Gálatas 4:4.
 "Visto, pois, que os filhos têm participação comum de carne e sangue destes também ele igualmente, participou". Hebreus 2:14.
“"Teria sido uma quase infinita humilhação para o Filho de Deus, revestir-Se da natureza humana mesmo quando Adão permanecia em seu estado de inocência, no Éden. Mas Jesus aceitou a humanidade quando a raça havia sido enfraquecida por quatro mil anos de pecado”. O Desejado de Todas as Nações pág. 49.
 “A natureza de Deus, cuja lei tinha sido transgredida, e a natureza de Adão, o transgressor, encontraram-se em Jesus”. Exaltai-o pág. 346.


 “Ele tomou sobre Sua natureza sem pecado a nossa pecaminosa natureza, para saber como socorrer os que são tentados”. Medicina e salvação, pág. 181.
“NEle não houve engano nem pecado. Sempre foi puro e sem contaminação. Contudo, tomou sobre Si a nossa natureza pecaminosa”. Review and Herald, 15-12-1896.
Obviamente que natureza pecaminosa não é a que Adão tinha ao ser criado!
 “Satanás, o anjo caído, declarara que nenhum homem seria capaz de guardar a lei de Deus após a desobediência de Adão. A fim de provar a falsidade dessa alegação, Cristo deixou Seu elevado comando, tomou sobre Si a natureza do homem e veio a terra para colocar-Se à testa da raça caída, com o objetivo de demonstrar que a humanidade poderia enfrentar as tentações de Satanás”. A Verdade Sobre os Anjos, pág. 155.
Se ele fosse diferente dos filhos de Adão não teria provado a falsidade da alegação Satanás.


Tomou Cristo nossa natureza caída ou apenas semelhante?
Vamos examinar as evidências: 
Em Romanos 8:3, diz: "Porquanto o que fora impossível à lei, no que estava enferma pela carne, isso fez Deus enviando o seu próprio Filho em semelhança de carne pecaminosa e no tocante ao pecado; e, com efeito, condenou Deus, na carne, o pecado". O que significa "semelhança da carne pecaminosa"? Ouvimos que a semelhança não significa igualdade.
Já estudamos algumas evidências sobre a humanidade de Jesus. Ele foi destituído dos atributos divinos. 
Em Filipenses. 2:7 diz: "Tomando a forma de servo e tornando-se semelhante aos homens".  A palavra grega (homoioma) é usada em ambos os textos para traduzir a palavra semelhança. Em Romanos. 8:3 é a "semelhança da carne do pecado". Eu creio que todos concordam que, quando Jesus Cristo veio a esta terra se tornou um homem real.
 Ellen White disse: “A humanidade do Filho de Deus é tudo para nós. É a corrente de ouro que liga nossa alma a Cristo, e por meio de Cristo a Deus. Isto deve constituir nosso estudo. Cristo foi um homem real; deu prova de Sua humildade, tornando-Se homem”. Mensagens Escolhidas, vol. 1 pág. 243.
Na verdade o docetismo, uma das primeiras heresias da Igreja cristã, ensinava que Jesus não se tornou o homem realmente, apenas parecia. Eles acreditavam que toda matéria era má, então Jesus não poderia ter um corpo físico. Enciclopédia britânica v 8 pág. 353. Foi em resposta a essa heresia que João disse: “muitos enganadores têm saído pelo mundo fora, os quais não confessam Jesus Cristo vindo em carne; assim é o enganador e o anticristo”. 2 João 1:7. “Nisto reconheceis o Espírito de Deus: todo espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus”. 1 João 4:2. 
Em Filipenses 2:7, diz que Cristo foi “reconhecido em figura humana” a palavra grega schema que é traduzida por figura, significa forma ou aparência, que engloba tudo o que numa pessoa afeta os sentidos, a forma, o comportamento, o discurso, ações, forma de vida, etc.
Se semelhança com o homem significa homem "real", como, então devemos dizer de Romanos 8:3, onde encontramos a expressão "em semelhança de carne pecaminosa"? 
Jesus era de carne pecaminosa realmente?
Os editores da NTLH traduziram Romanos 8:3 da seguinte maneira: "Deus condenou o pecado na natureza humana, enviando o seu próprio Filho, que veio na forma da nossa natureza pecaminosa a fim de acabar com o pecado". 
Se interpretarmos semelhança de Filipenses 2:7 como a nossa verdadeira natureza humana, então devemos interpretar Romanos 8:3 como carne realmente pecaminosa.
Compare o que disse Isaías com o que disse Ellen White sobre a pretensão de Lúcifer: 
 “subirei acima das mais altas nuvens e serei semelhante ao Altíssimo”. Isaías 14:14.
 "As elevadas honras conferidas a Lúcifer não eram apreciadas como um dom de Deus, e não despertavam gratidão para com o Criador. Ele se gloriava em seu resplendor e exaltação, e almejava ser igual a Deus". O Grande Conflito, pág. 495.
Nota: A palavra semelhante no texto de Isaias é uma tradução do Hebraico damah, que foi traduzida na LXX para o Grego homoioma, palavra esta que aparece em Romanos 8:3, Filipenses 2:7 e Hebreus 2:17. A respeito de Cristo em Hebreus 2:17 diz: “convinha que, em todas as coisas, se tornasse semelhante aos irmãos”. Dando continuidade ao que foi dito no verso 14, aqui se enfatiza a semelhança de cristo com os irmãos em todas as coisas, da mesma forma que os filhos participam da carne e sangue com seus pais.


“Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei”. Gálatas. 4:4.
Debaixo de qual lei? 
A declaração mais definitiva está no livro O Desejado de Todas as Nações, pág. 49 onde diz: "Como qualquer filho de Adão, aceitou os resultados da operação da grande lei da hereditariedade. O que estes resultados foram manifesta-se na história de Seus ancestrais terrestres. Veio com essa hereditariedade para partilhar de nossas dores e tentações, e dar-nos o exemplo de uma vida impecável".
Como ele aceitou a humanidade? "Como qualquer filho de Adão, aceitou os resultados da grande lei da hereditariedade". As questões lógicas são: Como funciona essa lei? Quais são os resultados do trabalho dessa lei? A oração seguinte ajuda-nos a esclarecer este assunto: 
 "O que estes resultados foram, manifesta-se na história de Seus ancestrais terrestres". Sabemos de alguns de Seus ancestrais terrestres, o que eles herdaram (Romanos. 1:3) Jesus aceitou o trabalho da grande lei da herança da mesma forma como seus ancestrais. 
É importante saber o que se entende por hereditariedade. Vejamos o que diz Ellen White: 
 "Pai e mãe transmitem aos filhos suas características, mentais e físicas, e suas disposições e apetites". Patriarcas e Profetas, pág. 561.
"O mal, inclinações, apetite pervertido, depravação moral, assim como doença e degeneração física, são transmitidos como um legado de pai para filho". Patriarcas e Profetas, pág. 306. 
"A mãe que é hábil professora de seus filhos deve, antes de seu nascimento, formar hábitos de abnegação e domínio próprio; pois transmite-lhes suas próprias qualidades, seus próprios traços de caráter, fortes ou fracos". Conselhos Sobre Regime Alimentar, pág. 219.
 "Ao passo que Adão foi criado sem pecado, à semelhança de Deus, Sete, como Caim, herdou a natureza decaída de seus pais". Patriarcas e Profetas, pág. 80.
Jesus aceitou o trabalho da grande lei da hereditariedade como qualquer filho de Adão. Não existe evidência para sugerir que Jesus só herdou os resultados físicos da queda, como a fome, fraqueza, sede, e mortalidade, mas não herdou os traços disposições, estas áreas não podem ser separadas. Se o direito de herança estava operando, então era totalmente operacional. Se recebemos traços de caráter de nossos pais, então, Jesus recebeu traços de caráter de sua mãe, porque ela era plenamente humana. Não há evidências que sugerem que a cadeia de herança quebrou entre Maria e Jesus. Se, por possuir uma natureza humana caída, Cristo estivesse debaixo da condenação de Deus, estaria condenado ainda que a sua natureza fosse parcialmente caída. 
 "Ele tinha que entender tudo sobre a fraqueza do homem, e a força das tentações de Satanás. Ele tomou a humanidade sobre Si, e suportou todas as tentações do diabo, e sabe o que todo homem tem que suportar. Considerai a piedade de Cristo pelo homem. Ele sabe exatamente como nasceram. Sabe exatamente como passaram a infância". Manuscrito 174, 1901.

Tipos de natureza
 “Quando Adão e Eva foram colocados no Jardim do Éden, eram inocentes e puros, em perfeita harmonia com Deus. A inimizade não tinha existência natural em seu coração. Quando transgrediram, entretanto, sua natureza deixou de ser santa”. Cristo Triunfante, pág. 28.
 “Ao passo que Adão foi criado sem pecado, à semelhança de Deus, Sete, como Caim, herdou a natureza decaída de seus pais”. Patriarcas e Profetas, pág. 80.
 "Aqui, a prova de Cristo foi muito maior que a de Adão e Eva, pois Cristo assumiu nossa natureza, caída, mas não corrupta, e não se corromperia a menos que recebesse as palavras de Satanás em lugar das palavras de Deus". Cristo Triunfante, pág. 207.
 "É por meio do Espírito que o coração é purificado. Por Ele torna-se o crente participante da natureza divina". O Desejado de Todas as Nações, pág. 671.
 "Ao participarmos da natureza divina, as tendências herdadas e cultivadas para o mal são separadas do caráter, e somos tornados uma força viva para o bem". SDABC vol. 7, pág. 943.
 “Mediante a providência tomada quando Deus e o Filho de Deus fizeram um concerto para libertar o homem da escravidão de Satanás, foram providos todos os meios para que a natureza humana se unisse com a Sua natureza divina. Nessa natureza é que nosso Senhor foi tentado”. Mensagens Escolhidas, v 3 pág. 130.
 “Devemos estudar, copiar e seguir a Jesus Cristo, e então traremos para o nosso caráter a Sua amabilidade e beleza. Ao fazê-lo, estaremos diante de Deus por meio da fé, conquistando de volta, pelo conflito com os poderes das trevas, o poder do autocontrole, o amor de Deus que Adão perdeu”. Cristo Triunfante, pág. 43.
 "Todos os que por fé obedecem aos mandamentos de Deus, alcançarão um estado de perfeição no qual vivia Adão antes de sua transgressão". Signs of the Times, 23/07/1902.

Na pagina anterior Ellen White mencionou quatro tipos de natureza: 
(1) Santa, em perfeita harmonia com Deus.
(2) Caída, com inimizade natural em seu coração e com tendências herdadas para o mal.
(3) Corrompida, quando escolhemos a Satanás em lugar de Deus, com tendências herdadas e cultivadas para o mal. 
(4) Divina, gerada pelo Espírito Santo em nós, e as tendências herdadas e cultivadas para o mal são separadas do caráter, e somos tornados uma força viva para o bem.

Para Ellen White há dois tipos de tendências
 "Cristo deu Seu Espírito como um poder divino para vencer toda tendência hereditária e cultivada para o mal, e gravar Seu próprio caráter em Sua igreja". O Desejado de Todas as Nações, pág.671.
"Ao participarmos da natureza divina, as tendências herdadas e cultivadas para o mal são separadas do caráter, e somos tornados uma força viva para o bem." SDABC vol. 7, pág. 943.
"Os que põem em Cristo a confiança não devem ficar escravizados por nenhuma tendência ou hábito hereditário, ou cultivado. Em lugar de ficar subjugados em servidão à natureza inferior, devem reger todo apetite e paixão. Deus não nos  deixou lutar com o mal em nossa própria, limitada força. Sejam quais forem nossas tendências herdadas ou cultivadas para o erro, podemos vencer, mediante o poder que Ele nos está disposto a comunicar". A Ciência do Bom Viver, pág. 175. 
Hereditária, como o nome já diz, é a que herdamos. 
Cultivada é que passamos a ter quando escolhemos a Satanás em lugar de Deus.

Cristo tinha tendências?
Devemos analisar o uso que Ellen White faz das palavras "tendência", "propensão", "inclinação" e "paixão". A evidência indica que ela as usou com diferentes significados em diferentes contextos: "Vindo na forma em que o fez como homem, para enfrentar e estar sujeito a todas as más tendências das quais o homem é herdeiro”. - Carta K-303, 1901. 
"Nunca, de forma alguma, devemos deixar a mais leve impressão nas mentes humanas de que uma mancha ou inclinação para corrupção repousou em Cristo". SDABC v 5. P. 1128-1129. 
"Conquanto sentisse Ele (Cristo) toda a força da paixão da humanidade, jamais cedeu à tentação de praticar um único ato que não fosse puro, edificante e enobrecedor". Nos Lugares Celestiais, pág. 157.
 "É um irmão em nossas fraquezas, mas não em possuir idênticas paixões. Sendo sem pecado, Sua natureza recuava do mal". Testemunhos Seletos, vol. 1, pág. 220.
Para Ellen White há dois tipos de paixões, dois tipos de tendências, e dois tipos de inclinações, uma herdada e outra cultivada.
Assim como “Cristo assumiu nossa natureza, caída” “e não se corromperia a menos que recebesse as palavras de Satanás em lugar das palavras de Deus", (Cristo Triunfante pág. 207), assim, a tendência herdada se torna cultivada quando recebemos “as palavras de Satanás em lugar das palavras de Deus”.

Qual a receita para uma vida sem pecado numa natureza caída?
"A menos que sejam corrigidas pelo Santo Espírito de Deus, nossas tendências naturais encerram em si mesmas os germes da morte. A menos que nos ponhamos em uma ligação vital com Deus, não podemos resistir aos profanos efeitos da satisfação própria, do amor de nós mesmos e da tentação para pecar". A Ciência do Bom Viver, pág. 455.
 "É por meio do Espírito que o coração é purificado. Por Ele torna-se o crente participante da natureza divina. Cristo deu Seu Espírito como um poder divino para vencer toda tendência hereditária e cultivada para o mal". O Desejado de Todas as Nações, pág.671.
 "A humanidade de Cristo estava unida à divindade; estava habilitado para o conflito, mediante a presença interior do Espírito Santo. E veio para nos tornar participantes da natureza divina. Enquanto a Ele estivermos ligados pela fé, o pecado não mais terá domínio sobre nós". O Desejado de Todas as Nações, pág. 123.
 "Tenham as crianças em mente que o menino Jesus tomara sobre Si a natureza humana, e estava na semelhança da carne do pecado, e era tentado por Satanás como todas as crianças são. Foi habilitado a resistir à tentação de Satanás por Sua confiança no poder divino de Seu Pai celeste". Filhos e filhas de Deus, pág. 128. 

Alem de Cristo, alguém já conseguiu viver sem pecar?
"São poucos em cada geração desde Adão os que têm resistido aos seus (de Satanás) artifícios e permanecido como nobres representantes daquilo que o homem em seu poder é capaz de fazer e ser, enquanto Cristo coopera com os esforços humanos para ajudar o homem a sobrepujar o poder de Satanás. Enoque e Elias são representantes corretos do que a vida pode ser por meio da fé em nosso Senhor Jesus Cristo. Satanás ficou grandemente perturbado porque estes homens nobres e santos eram imaculados no meio da corrupção que os cercava, formando caráter perfeitamente justo e sendo considerados dignos da trasladação para o Céu. Ao permanecerem firmes em poder moral, na justiça enobrecedora, vencendo as tentações de Satanás, ele não podia colocá-los sob o domínio da morte".  No Deserto da Tentação p. 31, 32.
 "Enoque era um profeta que falava ao ser movido pelo Espírito Santo. Era uma luz entre as trevas morais... um homem que andava com Deus, sendo obediente à lei de Deus - aquela lei à qual Satanás se recusara a obedecer, a lei que Adão transgrediu e à qual Abel obedeceu, tendo sido morto por essa obediência. E agora Deus demonstraria ao Universo a falsidade da acusação de Satanás, segundo a qual os seres humanos não podem guardar a lei de Deus. Ele demonstraria que, a despeito de terem os seres humanos pecado; poderia de tal modo relacionar-se com Deus que teriam a mente e o espírito de Deus e seriam símbolos representativos de Cristo. Esse santo homem foi escolhido por Deus para denunciar a impiedade do mundo e tornar evidente que é possível a uma pessoa guardar toda a lei de Deus. Enoque foi um homem representativo, mas não é louvado, não é exaltado; ele simplesmente fez aquilo que todo filho e toda filha de Adão podem fazer". Cristo Triunfante pág. 51.
Através destes poucos, Deus demonstrou ao Universo a falsidade da acusação de Satanás. 
As falsas acusações de Satanás
Na página 49 do livro O Desejado de Todas as Nações, nos diz que Cristo veio com uma natureza humana caída para “dar-nos o exemplo de uma vida impecável”. 
Isso sem duvida tem grandes implicações para nós!
"Satanás, o anjo caído, declarara que nenhum homem podia guardar a lei de Deus depois da desobediência de Adão. Ele alegava que toda a humanidade estava sob o seu domínio". Mensagens Escolhidas, vol. 3, pág. 136. 
 "O Filho Unigênito de Deus veio a nosso mundo como homem, para revelar-nos que o homem pode observar a lei de Deus. Satanás, o anjo caído, declarara que nenhum homem seria capaz de guardar a lei de Deus após a desobediência de Adão". Manuscript Releases, vol. 6, p. 334. 
Sobre que estava Satanás focando sua acusação? No homem caído, os filhos e filhas de Adão. A afirmação foi feita em referência à nossa capacidade de guardar a lei.
Ellen White continuou: "A vida de obediência do Salvador manteve as reivindicações da lei; provou que a lei pode ser observada pela humanidade, e mostrou a excelência de caráter que a obediência havia de desenvolver. Todos quantos obedecem como Ele fez, estão semelhantemente declarando que a lei é "santa, justa e boa". Rom. 7:12. Por outro lado, todos quantos transgridem os mandamentos divinos, estão apoiando a pretensão de Satanás de que a lei é injusta, e não pode ser obedecida. Apóiam assim os enganos do grande adversário, e desonram a Deus. São filhos do maligno, o qual foi o primeiro rebelde contra a lei do Senhor. Admiti-los no Céu, seria aí introduzir novamente elementos de discórdia e rebelião, e pôr em risco o bem-estar do Universo. Ninguém que voluntariamente despreze um princípio da lei entrará no Céu". O Desejado de Todas as Nações, pág. 309 
 "Muitos que estão deliberadamente espezinhando a lei de Jeová dizem ser possuidores de santidade de coração e santificação de vida. Mas não têm um conhecimento salvador de Deus ou de Sua lei. Encontram-se nas fileiras do grande rebelde. Ele está em guerra com a lei de Deus, a qual é o fundamento do governo divino no Céu e na Terra. Esses homens estão fazendo a mesma obra que seu mestre efetuou ao buscar tornar sem efeito a santa lei de Deus. Nenhum transgressor dos mandamentos pode ter permissão para entrar no Céu; pois aquele que era outrora um puro e exaltado querubim cobridor foi expulso de lá por rebelar-se contra o governo de Deus". Fé e obras pág. 29. 
Se a alegação de Satanás era que o homem caído não poderia obedecer a lei de Deus, então a única maneira que Jesus poderia demonstrar a falsidade da acusação de Satanás era ser testado como homem caído e guardar a lei de Deus.
 "Tende em mente que a vitória e a obediência de Cristo são as de um verdadeiro ser humano. Em nossas conclusões, cometemos muitos erros devido a nossas idéias errôneas acerca da natureza humana de nosso Senhor. Quando atribuímos a Sua natureza humana um poder que não é possível que o homem tenha em seus conflitos com Satanás, destruímos a inteireza de Sua humanidade". Mensagens Escolhidas, vol. 3 pág. 139.

Como foi tentado Jesus? 
Em Hebreus 4:15 e 2:18 a Bíblia nos diz que Jesus “em tudo foi tentado” “sofreu tendo sido tentado”. Ellen White diz que: "Lhe foi imposta uma prova cem vezes mais difícil do que a trazida sobre Adão e Eva no Jardim do Éden". Cristo Triunfante, pág. 210.
 “Que contraste o segundo Adão apresentava quando Ele entrou no sombrio deserto para sozinho enfrentar a Satanás! Desde a queda, a raça humana havia diminuído em estatura e força física e decaído cada vez mais na escala do valor moral, até ao período do primeiro advento de Cristo a Terra". No Deserto da Tentação pág. 39.
 "Antes de sua queda, Adão estava livre dos resultados da maldição. Quando foi assaltado pelo tentador, não pesava sobre ele nenhum dos efeitos do pecado". Mensagens Escolhidas, vol. 3 pág. 141.
"A menos que haja a possibilidade de ceder, a tentação não é tentação. Ela é resistida quando o homem é fortemente influenciado a cometer uma má ação; e, sabendo que pode praticá-la, resiste, pela fé, com firme apego ao poder divino. Foi esta a provação pela qual Cristo passou”. Mensagens Escolhidas, vol. 3 pág. 132.

Vencendo os pensamentos pecaminosos:
 "Há pensamentos e sentimentos sugeridos e despertados por Satanás, os quais molestam mesmo o melhor dos homens; mas se eles não são acalentados, se são repelidos como odiosos, a mente não se mancha com culpa, e nenhuma outra pessoa é desonrada por sua influência." Mente Caráter e Personalidade, vol. 2 pág. 432.
“É-nos mandado crucificar a carne, com suas paixões e concupiscências. Como o faremos? Deveremos infligir dores ao corpo? Não; mas sim matar a tentação ao pecado. Deve ser expulso o pensamento corrupto. Todo pensamento deve ser levado em cativeiro a Jesus Cristo”. O Lar Adventista, pág. 127.
 "A vontade é o poder que governa a natureza do homem, pondo todas as outras faculdades sob seu comando. A vontade não é o gosto nem a inclinação, mas o poder que decide, o qual opera nos filhos dos homens para obediência a Deus, ou para a desobediência”. Mensagens aos Jovens, pág. 151.
 "Nenhum homem pode ser forçado a transgredir. É preciso primeiro obter seu próprio consentimento; a alma tem de propor-se a praticar o ato pecaminoso, antes de a paixão poder dominar a razão, ou a iniqüidade triunfar sobre a consciência. A tentação, por forte que seja nunca é desculpa para o pecado". Mensagens aos Jovens, pág. 67.
 “Ele (Cristo) não consentia com o pecado. Nem por um pensamento cedia à tentação. O mesmo se pode dar conosco. A humanidade de Cristo estava unida à divindade; estava habilitado para o conflito, mediante a presença interior do Espírito Santo. E veio para nos tornar participantes da natureza divina. Enquanto a Ele estivermos ligados pela fé, o pecado não mais terá domínio sobre nós”. O Desejado de Todas as Nações, pág. 87.

Como venceu Jesus?
"Foi habilitado a resistir à tentação de Satanás por Sua confiança no poder divino de Seu Pai celeste, visto ser-Lhe sujeito à vontade, e obediente a todos os Seus mandamentos". Filhos e Filhas de Deus pág. 128. 
"Desde mui tenra idade, começara Jesus a agir por Si na formação de Seu caráter, e nem mesmo o respeito e o amor aos pais O podiam desviar de obedecer à Palavra de Deus. "Está escrito", era Sua razão para cada ato que destoasse dos costumes domésticos”. O Desejado de Todas as Nações, pág. 86. 
"Não exerceu em Seu próprio benefício nenhum poder que o homem não possa exercer. Enfrentou a tentação como homem, e venceu na força que Lhe foi concedida por Deus”. Mensagens Escolhidas, vol. 3 pág. 132.
 "Quando Cristo Se via mais tenazmente assaltado pela tentação, não comia nada. Confiava-Se a Deus, e mediante fervorosa oração e perfeita submissão à vontade de Seu Pai, saía vencedor”. Conselho Sobre Regime Alimentar, pág. 52. 
 "Era nas horas de oração solitária que Jesus, em Sua vida terrestre, recebia sabedoria e poder". Educação, pág. 259.
 "Como uma pessoa identificada conosco, participante de nossas necessidades e fraquezas, dependia inteiramente de Deus, e no lugar oculto de oração buscava força divina, a fim de poder sair fortalecido para o dever e provação". O Desejado de Todas as Nações, pág.363

Esse entendimento da natureza de Cristo tem implicações definitivas para nós 
 "temos de vencer, como Cristo venceu”. Para conhecê-lo pág. 304.  
"A obediência de Cristo ao seu Pai era a mesma obediência exigida do homem... O Senhor Jesus veio ao nosso mundo, não para revelar o que um Deus deve fazer, mas o que um homem pode, pela fé no poder de Deus para ajudar em qualquer emergência. SDA Bible Commentary vol. 7 pág. 929. 
 "De todos é requerido perfeição moral. Nunca devemos abaixar a norma de justiça com o fim de acomodar à prática do mal, tendências herdadas ou cultivadas. Precisamos compreender que imperfeição de caráter é pecado. Todos os justos atributos de caráter habitam em Deus como um todo perfeito e harmonioso, e todo aquele que aceita a Cristo como Salvador pessoal, tem o privilégio de possuir estes atributos”. Parábolas de Jesus, pág. 330.
"É nosso privilégio ser participantes da natureza divina, tendo escapado à corrupção que há no mundo pela concupiscência. Deus tem declarado objetivamente que requer que sejamos perfeitos; e por requerer isto, Ele fez provisão para que pudéssemos ser participantes da natureza divina. Somente assim podemos obter êxito em nossa luta pela vida eterna. O poder é concedido por Cristo. "A todos quantos O receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus”. João 1:12. Mensagens Escolhidas v 3 pág. 203.


 "A fé genuína apropria-se da justiça de Cristo, e o pecador é feito vencedor com Cristo; pois ele se faz participante da natureza divina, e assim se combinam divindade e humanidade". Fé e obras pág. 94.
 "Embora a fé verdadeira confie inteiramente em Cristo para a salvação, ela conduzirá a perfeita conformidade com a lei de Deus". Fé e Obras pág. 52.
 "Ao participarmos da natureza divina, as tendências herdadas e cultivadas para o mal são separadas do caráter, e somos tornados uma força viva para o bem. Aprendendo sempre do divino Mestre, participando diariamente de Sua natureza, cooperamos com Deus no vencer as tentações de Satanás. SDA Bible Commentary, vol. 7, pág. 943.
 "Mediante o apreço do caráter de Cristo, por meio da comunhão com Deus, o pecado se nos tornará aborrecível. Como Cristo viveu a lei na humanidade, assim podemos fazer, se nos apegarmos ao Forte em busca de força”. O Desejado de Todas as Nações, pág. 668.

 A impossibilidade do Homem é a Possibilidade de Deus
Perfeição parece ser uma palavra pesada nos últimos dias. O que significa isso? O que não significa? A primeira coisa a dizer é que a perfeição é o resultado final da justificação pela fé. É a conclusão do processo de justificação e santificação. Alguns acreditam que falar de impecabilidade ou perfeição é perigoso, pois desvia a glória de Cristo. Supondo-se que nascemos com pecado, o que torna impossível para nós fazermos mais do que o pecar até que Cristo apareça pela segunda vez, eles concluem que a perfeição só será possível quando a nossa natureza pecaminosa for alterada por ocasião da segunda vinda. Você vê como as decisões tomadas sobre a natureza do pecado e de Cristo, afetam as decisões em todas as áreas da justiça pela fé? É crucial definirmos pureza, pecado e perfeição tão cuidadosamente quanto possível, se somos pecadores ao nascer neste mundo, ou se nos tornamos pecadores pelas escolhas que fazemos depois de sermos capazes de escolher entre o bem e o mal. 
Se o pecado é a nossa natureza, não temos controle sobre isso. Se o pecado é o nosso caráter, nós certamente temos controle sobre as escolhas que fazemos, e somos pecadores por escolha. Nossa definição de pecado é o fator determinante. Se estivermos nos referindo a natureza quando usamos a palavra pecado, a perfeição não pode existir até a segunda vinda de Cristo. Se estivermos nos referindo ao caráter quando se utiliza o termo pecado, então a impecabilidade é uma possibilidade antes da segunda vinda.
 “Pois bem, precisamos compreender o que é o pecado - a saber, que ele é a transgressão da lei de Deus. Essa é a única definição dada nas Escrituras”. Fé e Obras pág. 56.
Com esta definição em mente iremos analisar a palavra perfeição. 
Existem pelo menos quatro definições de perfeição que são relevantes aqui. 
A primeira é a perfeição absoluta. Esta condição refere-se apenas a Deus. 
"A perfeição angelical falhou no céu. A perfeição humana falhou no Éden". Nossa Alta Vocação, pág. 45.


Quando Lúcifer começou a sugerir pela a primeira vez que Deus era injusto, quase metade dos anjos ouviram e pensaram que ele poderia estar certo. Veja História da Redenção pág.18. Em seguida, fez um conselho celestial, que estabeleceu a verdade sobre Jesus Cristo, Deus mostrando que a alegação de Lúcifer era infundada. Veja Patriarcas e Profetas, p. 36-37. Após o conselho, um terço dos anjos com Lúcifer e foram expulsos do céu. Testemunhos Seletos, vol. 2 pág.103.
Consequentemente, não podemos usar o termo perfeição absoluta para descrever esses anjos, que mudaram suas idéias a respeito de Deus e Lúcifer. 
Na verdade, "Para os anjos e os mundos não caídos, o brado: "Está consumado" teve profunda significação. Fora em seu benefício, bem como no nosso, que se operara a grande obra da redenção. Juntamente conosco, compartilham eles os frutos da vitória de Cristo. Até a morte de Jesus, o caráter de Satanás não fora ainda claramente revelado aos anjos e mundos não caídos. O arqui-apóstata se revestira por tal forma de engano, que mesmo os santos seres não lhe compreenderam os princípios. Não viram claramente a natureza de sua rebelião". O Desejado de Todas as Nações, pág. 758. 
"Derramando o sangue do Filho de Deus, desarraigou-se Satanás das simpatias dos seres celestiais". O Desejado de Todas as Nações, pág. 761. 
A segunda definição de perfeição é a natureza perfeita e ela será concedida somente na segunda vinda de Cristo, após a qual não haverá sugestões pecaminosas de dentro. No entanto, se as nossas definições do pecado e da impecabilidade focam no caráter, então certamente podemos discutir significados de perfeição acessíveis para nós hoje. 
Há pelo menos dois aspectos do caráter que pode ser descrito pelas palavras perfeito ou perfeição. 
A primeira é que: "Mediante o perdão do pecado e a justiça imputada de Cristo, o homem pecador e caído pode tornar-se perfeito em Jesus." Mensagens aos Jovens, pág. 137. 
"Deus deu Cristo ao nosso mundo para que Se tornasse o substituto do pecador. No momento em que é exercida verdadeira fé nos méritos do custoso sacrifício expiatório, reivindicando a Cristo como Salvador pessoal, nesse próprio momento o pecador é justificado diante de Deus, porque está perdoado". Mensagens Escolhidas, vol. 3, pág. 195.
 "Os pecadores só podem ser justificados por Deus quando Ele lhes perdoa os pecados, suspende a punição que eles merecem e os trata como se realmente fossem justos e não houvessem pecado, dispensando-lhes o favor divino e tratando-os como se fossem justos". Mensagens Escolhidas, v 3 pág. 194.
Isso ocorre no momento da conversão, quando damos a nossa vida a Cristo. A nossa perfeição é total no momento, mas estamos apenas começando a carreira cristã. 
Mas há outro conceito que devemos examinar; o amadurecimento do caráter. 
Se acreditarmos que o pecado está na base da escolha, também devemos acreditar que podemos escolher não pecar.

 "A fé em Cristo como nosso Salvador pessoal dará resistência e solidez ao caráter. Os que têm fé genuína em Cristo serão sóbrios, lembrando-se de que os olhos de Deus estão sobre eles, que o Juiz de todos os homens está pesando os valores morais, que os seres celestes estão esperando para ver que espécie de caráter se está desenvolvendo". Conselhos aos Pais Professores e Estudantes, pág. 223.
 "Quem não tem suficiente fé em Cristo para crer que Ele pode livrá-lo de pecar, não tem a fé que lhe dará entrada no reino de Deus." Mensagens Escolhidas, vol.3 pág. 360. 
 "Quando uma alma recebe a Cristo, recebe também o poder de viver a vida de Cristo". Parábolas de Jesus, pág. 314.
 "Estamos nos preparando para encontrar-nos com Aquele que, acompanhado por uma comitiva de santos anjos, há de aparecer nas nuvens do céu, para dar aos fiéis e justos o toque final da imortalidade. Quando Ele vier, não nos há de purificar de nossos pecados, remover de nós os defeitos que há em nosso caráter, ou curar-nos das fraquezas de nosso gênio e disposição. Se acaso esta obra houver de ser efetuada em nós, sê-lo-á totalmente antes daquela ocasião”. Conselho Sobre Saúde, pág. 44. 
"Quando Cristo vir, nosso corpo vil deverá ser transformado, e feito segundo Seu corpo glorioso, mas o caráter vil não se tornará santo então. A transformação do caráter precisa ocorrer antes de Sua vinda”. Nossa Alta Vocação, pág. 276. 
Quando pecamos, estamos escolhendo o controle de Satanás, estamos permitindo que ele domine nossas vidas. Não podemos ter Cristo e o pecado reinando no trono da vida ao mesmo tempo. Aqui vemos a importância vital de uma compreensão correta da natureza de Cristo, se Cristo venceu os impulsos de sua carne, através do controle do Espírito Santo, então o mesmo método é válido para nós. É importante lembrar que a culpa não é imputada a nós por causa da nossa natureza, mas apenas por causa das escolhas feitas e o caráter posteriormente desenvolvido.

Perfeição na Bíblia 
O que Cristo pode fazer na vida do crente:
 "Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar e apresentar-vos irrepreensíveis, com alegria, perante a sua glória". Jud. 1:24. 
 “Pois, naquilo que ele mesmo sofreu, tendo sido tentado, é poderoso para socorrer os que são tentados”. Hebreus 2:18.  
Assim, tropeçar e ser repreensíveis não é uma realidade inevitável para nossas vidas. 
Em Filipenses. 4:13, encontramos: "Tudo posso naquele que me fortalece". 
2 Pedro 2:9 diz: "O Senhor sabe livrar da provação os piedosos". 
Ele irá fornecer uma rota de fuga. 
1 Coríntios. 10:13, acrescenta: "Não veio sobre vós tentação, que na seja comum ao homem, mas Deus é fiel e não permitirá que sejais tentados além das vossas forças; pelo contrário, juntamente com a tentação, vos proverá livramento, de sorte que a possais suportar". 
1 Pedro 2:21-22 afirma: "Porquanto para isto mesmo fostes chamados, pois que também Cristo sofreu em vosso lugar, deixando-vos exemplo para seguirdes os seus passos, o qual não cometeu pecado, nem dolo algum se achou em sua boca". 
Cristo é o nosso exemplo, convidando-nos a seguir seus passos. 
1 João 3:2-9, é uma passagem significativa em relação à nossa posição após a conversão: "Amados, agora, somos filhos de Deus, e ainda não somos o que haveremos de ser. Sabemos que, quando Cristo voltar, seremos semelhantes a ele, e haveremos de vê-lo glorioso como ele agora é. E assim como Cristo é puro a si mesmo se purifica todo o que nele tem esta esperança.Todo aquele que pratica o pecado transgride a lei, porque o pecado é a transgressão da lei. Sabeis também que Cristo se manifestou para tirar os pecados, e nele não existe pecado. Aquele que permanece em Cristo não vive pecando;  aquele que vive pecando não está nele. Filhinhos, não vos deixeis enganar; é justo aquele que pratica a justiça , assim como Cristo. Aquele que pratica o pecado pertence ao diabo, porque o diabo vive pecando desde que começou. E o Filho de Deus veio para destruir as obras do diabo. Todo aquele que é de Deus não vive pecando; pois o que permanece nele é o Espírito Santo; ora, esse não pode viver pecando, porque é nascido de Deus".
Se estamos em Cristo, não estamos em rebelião contra ele, e o pecado é rebeldia. 
Em 2 Cor.10:4,5 Paulo diz: " Porque as armas da nossa milícia não são carnais, e sim poderosas em Deus, para destruir fortalezas, anulando nós sofismas e toda altivez que se levante contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo pensamento à obediência de Cristo".
O ideal de Deus para nós é levar todo pensamento cativo a Cristo. 
Em Gálatas 5:16 encontramos: "Andai em Espírito e não satisfareis à concupiscência da carne". Em Romanos 8:7-9 acrescenta: "o pendor da carne é inimizade contra Deus, pois não está sujeito à lei de Deus, nem mesmo pode estar. Portanto, os que estão na carne não podem agradar a Deus. Vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito, se, de fato, o Espírito de Deus habita em vós. E, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele".
Se o Espírito Santo está no controle, não iremos sucumbir aos desejos da nossa natureza. A promessa das Escrituras é que podemos superar e podemos obter vitórias sucessivas na batalha contra a carne.
Em Apoc. 2:11, encontramos: "Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: O vencedor de nenhum modo sofrerá dano da segunda morte.
Pergunto, o que é necessário vencer? Apoc. 21:8, responde: "Quanto, porém, aos covardes, aos incrédulos, aos abomináveis, aos assassinos, aos impuros, aos feiticeiros, aos idólatras e a todos os mentirosos, a parte que lhes cabe será no lago que arde com fogo e enxofre, a saber, a segunda morte".
Cristo nos deixou a receita: “Vigiai e orai, para que não entreis em tentação” Marcos 14:38. Nossa oração deve ser: “não nos deixes cair em tentação; mas livra-nos do mal” Mateus 6:13.

Perfeição no espírito de profecia
 "Aqueles que são verdadeiramente convertidos a Cristo devem guardar-se constantemente para não aceitar o erro em lugar da verdade. Os que pensam não ser importante se crêem na doutrina, contanto que creiam em Jesus Cristo, encontra-se em terreno perigoso. Alguns acham que serão tão aceitáveis diante de Deus se obedecerem a alguma outra lei que não seja a lei de Deus... Na união com Cristo acham-se tomadas as providências para a nossa perfeição". Cristo Triunfante, pág. 234.
 “Deus somente aceitará os que estão decididos a ter um alvo elevado. Coloca cada agente humano sob a obrigação de fazer o melhor. De todos é requerido perfeição moral. Nunca devemos abaixar a norma de justiça com o fim de acomodar à prática do mal, tendências herdadas ou cultivadas. Precisamos compreender que imperfeição de caráter é pecado. Todos os justos atributos de caráter habitam em Deus como um todo perfeito e harmonioso, e todo aquele que aceita a Cristo como Salvador pessoal, tem o privilégio de possuir estes atributos”. Parábola de Jesus pág. 330
 "Se permanecerdes sob a bandeira ensangüentada do Príncipe Emanuel, fazendo fielmente o Seu serviço, nunca precisareis ceder à tentação; pois está ao vosso lado Alguém capaz de guardar-vos de cair". Nossa Alta Vocação, pág. 17. 
Que verdade maravilhosa! Nós não precisamos ceder a qualquer tentação. 
"Não há desculpa para o pecado ou para a indolência. Jesus vai à frente e quer que sigamos os Seus passos. Ele sofreu, Ele Se sacrificou como nenhum de nós pode fazê-lo, para que pudesse colocar a salvação ao nosso alcance. Não precisamos ficar desalentados. Jesus veio a nosso mundo trazer poder divino ao homem, para que por meio de Sua graça possamos ser transformados à Sua semelhança. Se está no coração obedecer a Deus, se são feitos esforços nesse sentido, Jesus aceita esta disposição e esforço como o melhor serviço do homem, e supre a deficiência com Seu mérito divino. Ele não aceitará os que alegam ter fé nEle e no entanto são desleais ao mandamento de Seu Pai". Fé e Obras, Pág. 50.
"A influência do tentador não deve ser considerada desculpa para qualquer má ação. Satanás rejubila quando ouve os professos seguidores de Cristo apresentarem desculpas quanto à sua deformidade de caráter. São essas escusas que levam ao pecado. Não há desculpas para pecar. Uma santa disposição, uma vida cristã, são acessíveis a todo filho de Deus, arrependido e crente".  O Desejado de Todas as Nações, pág. 311. 
O ideal de Deus para Seus filhos é para sermos perfeitos, Deus quer que sejamos completamente livres do poder de Satanás.
 "Não; é a fé genuína que diz: "Sei que estou em pecado, mas que Jesus me perdoa. "Qualquer que permanece nele purifica-se a si mesmo, como também Ele é puro. I João 3:3. Tem em sua vida um princípio permanente, que o habilita a vencer a tentação". Filhos e filhas de Deus pág.297.
 "Quem não tem suficiente fé em Cristo para crer que Ele pode livrá-lo de pecar, não tem a fé que lhe dará entrada no reino de Deus". Mensagens Escolhidas, vol. 3 pág. 360. 
"Ele (Cristo) não consentia com o pecado. Nem por um pensamento cedia à tentação. O mesmo se pode dar conosco. A humanidade de Cristo estava unida à divindade; estava habilitado para o conflito, mediante a presença interior do Espírito Santo. E veio para nos tornar participantes da natureza divina. Enquanto a Ele estivermos ligados pela fé, o pecado não mais terá domínio sobre nós".  O Desejado de Todas as Nações, pág. 123. 
Se estivermos sendo controlados por Jesus não iremos ceder à tentação.
 "A vida que Cristo viveu neste mundo podem também viver os homens e mulheres, por meio do Seu poder e sob Suas instruções. Em seu conflito com Satanás podem eles receber todo auxílio que Cristo tinha. Poderão ser mais do que vencedores por Aquele que os amou e por eles Se entregou. A vida dos professos cristãos que não vivem a vida de Cristo é um escárnio para a religião". Testemunhos Seletos vol. 3, pág. 291. 
Cristo não teve acesso a algo diferente do que podemos exigir. O poder de Cristo emanava do controle de sua vida pelo Espírito Santo e nós podemos ter esse poder se submetermos a Deus como ele fez. 
"Deus honrará toda pessoa de coração sincero, fervorosa, que está buscando andar diante dEle na perfeição da graça de Cristo. Jamais deixará ou desamparará uma alma humilde e tremente". Cuidado de Deus, pág. 36.
 "O Senhor estará conosco durante esta vida se permitirmos que Seu Espírito nos conduza e se não negligenciarmos glorificar Seu nome". Olhando Para o Alto, pág. 300.
Estas declarações deixam claro que: (1) a lei de Deus pode ser obedecida. (2) que a obediência só é possível através do poder dinâmico de Deus. (3) que a escolha é nossa.

O conceito de viver sem pecado é justamente o foco das seguintes afirmações 
 "Não vos assenteis na poltrona de Satanás, dizendo que não adianta; que não podeis deixar de pecar, que não há em vós poder para vencer. Não há poder em vós, separados de Cristo, mas tendes o privilégio de ter Cristo permanentemente em vosso coração pela fé, e Ele pode vencer o pecado em vós, quando com Ele cooperardes". Nossa Alta Vocação, pág. 74. 
"Qualquer um que se rendem totalmente a Deus é dado o privilégio de viver sem pecado, em obediência à lei do céu. Deus exige de nós perfeita obediência". RH, 27-09-1906. 
 "Muitos há que dizem servir a Deus, mas não têm o conhecimento experimental dEle. O desejo de fazer Sua vontade baseia-se em suas próprias inclinações, e não na profunda convicção efetuada pelo Espírito Santo. Seu procedimento não está em harmonia com a lei de Deus. Professam aceitar a Cristo como seu Salvador, contudo não crêem que lhes dará forças para vencer o pecado. Não têm relação pessoal com o Salvador vivo e seu caráter revela faltas herdadas e cultivadas". Parábolas de Jesus, Pág. 48.
Os que vivem pecando é porque não têm relação pessoal com o Salvador.
 "Não há segurança nem repouso nem justificação na transgressão da lei. Não pode o homem esperar colocar-se inocente diante de Deus e em paz com Ele, mediante os méritos de Cristo, se ao mesmo tempo continua em pecado". Mensagens Escolhidas, v. 1, pág. 213.
Não há justificação na transgressão da lei.
 "É impossível para Deus, de modo coerente com a Sua justiça e misericórdia salvar o pecador em seus pecados, Ele o despoja da existência, que perdeu por suas transgressões, e da qual se mostrou indigno". O Grande Conflito, pág. 544. 
É impossível para Deus salvar o pecador em seus pecados.
 "Que ninguém vos engane com a crença de que Deus os perdoará e abençoará enquanto estão transgredindo uma de Suas exigências. Cometer voluntariamente um pecado conhecido silencia a voz testemunhadora do Espírito, e separa a pessoa de Deus”. Cuidado de Deus, pág. 101.
Cometer voluntariamente um pecado conhecido separa a pessoa de Deus.

O perigo de deixar para depois
 "Muitos se perderão enquanto esperam e desejam serem cristãos, não fizeram porem nenhum esforço sincero, portanto serão pesados na balança e achados em falta". Testemunhos Seletos, Vol. 1 Pág. 243. 
 "Algumas pessoas tornam sua vida religiosa um fracasso porque estão sempre vacilando e não tem determinação, chegam quase a ponto de fazer a entrega de tudo a Deus, mas deixando de chegar ao ponto. Enquanto nesse estado a consciência vai se endurecendo e ficando cada vez menos susceptíveis as impressões do Espírito Santo”. Testemunhos Seletos, Vol.1 Pág. 240.
 "Estamos nos preparando para encontrar-nos com Aquele que, acompanhado por uma comitiva de santos anjos, há de aparecer nas nuvens do céu, para dar aos fiéis e justos o toque final da imortalidade. Quando Ele vier, não nos há de purificar de nossos pecados, remover de nós os defeitos que há em nosso caráter, ou curar-nos das fraquezas de nosso gênio e disposição. Se acaso esta obra houver de ser efetuada em nós, sê-lo-á totalmente antes daquela ocasião. Nenhuma obra se fará então por eles para lhes tirar os defeitos, e dar-lhes um caráter santo". Cuidado de Deus, pág. 365. 
Estas declarações provam que o povo de Deus não peca até a segunda vinda de Cristo, como alguns afirmam.

Reivindicação do caráter de Deus 
 “Desde o início do grande conflito tem-se ele [Satanás] esforçado por provar que os princípios pelos quais Deus age são egoístas, e da mesma maneira ele considera a todos os que servem a Deus. A obra de Cristo e a de todos os que adotam o Seu nome, tem por fim refutar esta pretensão de Satanás”. Educação, pág. 154.
 "Satanás declarou que era impossível para os filhos e filhas de Adão para guardar a lei de Deus e, portanto, em Deus havia falta de sabedoria e amor. Se eles não podiam guardar a lei, então a culpa era do Legislador. Os homens que estão sob o controle de Satanás repetem essas mesmas acusações contra Deus, ao afirmar que não podem guardar a lei de Deus. Jesus humilhou-se, vestiu Sua divindade com a humanidade, a fim de ficar como o cabeça e representante da família humana, e tanto por preceito e exemplo condenar o pecado na carne, e desmentir acusações de Satanás". Signs of the Times, 16-01-1896.
 "Se já houve um povo necessitado de luz sempre crescente do Céu, é o povo que, nesse tempo de perigo, Deus chamou para serem depositários de Sua lei, e reivindicar Seu caráter perante o mundo". Testemunhos Seletos, vol. 2 pág. 343. 
"A vida de obediência do Salvador manteve as reivindicações da lei; provou que a lei pode ser observada pela humanidade, e mostrou a excelência de caráter que a obediência havia de desenvolver. Todos quantos obedecem como Ele fez, estão semelhantemente declarando que a lei é "santa, justa e boa". Por outro lado, todos quantos transgridem os mandamentos divinos, estão apoiando a pretensão de Satanás de que a lei é injusta, e não pode ser obedecida. Apóiam assim os enganos do grande adversário, e desonram a Deus. São filhos do maligno, o qual foi o primeiro rebelde contra a lei do Senhor”. O Desejado de Todas as Nações, pág. 309.
Deus está afirmando que dará poder para que a obediência total seja possível. Satanás está afirmando que obediência total é impossível. Quem está dizendo a verdade? 
Perfeição tem a ver com a reivindicação do caráter de Deus.

Porque caráter perfeito?
"Nenhum de nós jamais recebera o selo de Deus enquanto o caráter tiver uma nódoa ou macula sequer, cumpre-nos remediar os defeitos de caráter, purificar de toda contaminação o templo da alma." Testemunhos Seletos, v 1 pág. 69.   
"Ninguém diga: não posso remediar meus defeitos de caráter, se chegardes a esta decisão, deixareis de alcançar a vida eterna." Mensagens aos jovens pág. 99.  

Um conceito importante, é que perfeição nunca é estática. 
Como homem, Jesus era perfeito, e, todavia cresceu em graça. (Luc. 2:52). 
Mesmo o mais perfeito cristão pode crescer continuamente no conhecimento e no amor de Deus. (2 Ped. 3:14 e 18). 
 “A santificação não é obra de um momento, uma hora, ou um dia. É um contínuo crescimento na graça. Não sabemos um dia qual será nossa luta no dia seguinte. Satanás vive e está ativo, e precisamos cada dia clamar fervorosamente a Deus por auxílio e força para resistir-lhe. Enquanto Satanás reinar, teremos de subjugar o próprio eu, teremos assaltos a vencer, e não há lugar de parada, nenhum ponto a que possamos chegar e dizer que atingimos plenamente. (Filip. 3:12). A vida cristã é uma constante marcha avante. Jesus coloca-Se como refinador e purificador de Seu povo; e quando Sua imagem estiver perfeitamente refletida neles, eles estarão perfeitos e santos, e preparados para a trasladação. Exige-se do cristão uma obra perfeita. Somos exortados a purificar-nos de toda a imundícia da carne e do espírito, aperfeiçoando na santidade no temor de Deus”. Testemunhos Seletos, vol. 1, pág. 114. 
"A verdadeira santificação significa perfeito amor, perfeita obediência, perfeita conformidade com a vontade de Deus". Atos dos Apóstolos, pág. 565.
 "A santificação não é obra de um momento, de uma hora, de um dia, mas da vida toda. Não se alcança com um feliz vôo dos sentimentos, mas é o resultado de morrer constantemente para o pecado, e viver constantemente para Cristo. Não se podem corrigir os erros nem apresentar reforma de caráter por meio de esforços débeis e intermitentes. Só podemos vencer mediante longos e perseverantes esforços, severa disciplina e rigoroso conflito. Não sabemos quão terrível será nossa luta no dia seguinte. Enquanto reinar Satanás, teremos de subjugar o próprio eu e vencer os pecados que nos assaltam; enquanto durar a vida não haverá ocasião de repouso, nenhum ponto a que possamos atingir e dizer: "Alcancei tudo completamente". A santificação é o resultado de uma obediência que dura a vida toda". Atos dos Apóstolos p. 560 e 561. 
"Não há fim ao conflito do lado de cá da eternidade. Mas ao passo que há constantes batalhas a ferir há também preciosas vitórias a alcançar". Mente Caráter e Personalidade, Vol. 1 Pág. 346.
 "Cristo fez toda a provisão para a santificação da sua igreja. Ele fez provisão abundante para cada alma tem tanta graça e força que é mais do que vencedor na batalha contra o pecado... Ele veio a este mundo e viveu uma vida sem pecado, para que em seu poder, o seu povo pudesse viver uma vida santa. Ele quer que eles pratiquem os princípios da verdade, mostrar ao mundo a graça de Deus tem poder para santificar o coração". RH, 1 de Abril de 1902.
Note-se que o contexto desta declaração é a santificação e a batalha sendo travada contra o pecado. Neste tempo de preparação antes do encerramento da liberdade condicional, durante o processo de santificação, podemos viver uma vida sem pecado. Ellen White não tem medo de dizer claramente que nós podemos viver uma vida sem pecado, como Jesus viveu. 
Novamente, isso pressupõe uma definição de caráter impecável.
Deus proverá sua graça para obter qualquer coisa que esperar de seus filhos. Nosso Salvador não requer impossibilidades de qualquer pessoa. Ele não espera nada de seus discípulos que não esteja dispostos a dar-lhe graça e força para fazê-lo. 
"Como Cristo viveu a lei na humanidade, assim podemos fazer, se nos apegarmos ao Forte em busca de força". O Desejado de Todas as Nações, pág. 668. 
"Deus nos convida a alcançarmos a norma da perfeição, e põe diante de nós o exemplo do caráter de Cristo. O Salvador mostrou, por meio de Sua humanidade consumada por uma vida de constante resistência ao mal, que, com a cooperação da Divindade, podem os seres humanos alcançar nesta vida a perfeição de caráter. Esta é a certeza que Deus nos dá de que também nós podemos alcançar a vitória completa. Perante o crente é apresentada a maravilhosa possibilidade de ser semelhante a Cristo, obediente a todos os princípios da lei". Atos dos Apóstolos, pág. 531.
 "Tão perfeito é o caráter apresentado como devendo pertencer ao homem a fim de ser discípulo de Cristo, que os incrédulos dizem não ser possível que qualquer criatura humana o alcance. Mas não deve ser apresentada norma em nada inferior por todos os que professam ser filhos de Deus. Não sabem os incrédulos que é provido auxílio divino a todos os que o buscam, pela fé. Todas as providências foram tomadas em favor de toda pessoa que procure ser participante da natureza divina e ser completa em Jesus Cristo. Todo defeito deve ser descoberto e removido do caráter, com uma decisão que a nada poupe". Nos Lugares Celestiais, pág. 201.

Devemos afirmar perfeição definitiva antes da volta de Cristo? 
 “Que os anjos do Céu escrevam as vitórias de Paulo ao combater o bom combate da fé. Que o Céu se rejubile em sua marcha firme rumo do Céu e que, ao manter ele em vista o prêmio, considere tudo o mais como escória. Os anjos se regozijam ao contar seus triunfos, mas Paulo mesmo não se vangloria de suas conquistas. A atitude de Paulo é a atitude que cada seguidor de Cristo deveria tomar ao prosseguir na luta pela coroa imortal”. Atos dos Apóstolos, pág. 562.
 "Quanto mais nos aproximarmos de Jesus, e quanto mais claramente distinguirmos a pureza de Seu caráter, tanto mais claro veremos a excessiva malignidade do pecado, e tanto menos nutriremos o desejo de nos exaltar a nós mesmos". Atos dos Apóstolos, pág. 561.
 "Quanto mais ardentes nossos próprios esforços para manter a santidade do coração e da vida, tanto mais aguda nossa percepção do pecado, e mais decidida nossa desaprovação de qualquer desvio do direito". Atos dos Apóstolos, pág. 503.
 "Os que realmente procuram aperfeiçoar um caráter cristão não condescenderão com o pensamento de que são sem pecado. Quanto mais o seu espírito se demora no caráter de Cristo, e quanto mais se aproximam de Sua imagem divina, mais claramente discernem Sua imaculada perfeição e sentem mais profundamente suas próprias fraquezas e defeitos". E Recebereis Poder, pág. 97. 


"Quanto mais perto vos chegardes de Jesus, tanto mais cheio de faltas parecereis aos vossos olhos; porque vossa visão será mais clara e vossas imperfeições se verão em amplo e vivo contraste com Sua natureza perfeita". Caminho a Cristo, pág. 64. 
"Não podemos dizer "estou sem pecado", antes que este vil corpo seja transformado segundo a semelhança de Seu corpo glorioso. Se, porém, buscarmos constantemente seguir a Jesus, será nossa a bendita esperança de nos apresentar ante o trono de Deus sem mácula, ou ruga ou coisa semelhante; perfeitos em Cristo, revestidos de Sua justiça e perfeição”. Para Conhecê-lo, pág. 362.
" Quando vierem os tempos de refrigério pela presença do Senhor, então os pecados da alma penitente que recebeu a graça de Cristo e venceu pelo sangue do Cordeiro serão removidos dos registros celestiais e colocados sobre Satanás, o bode emissário, o originador do pecado, e para sempre não virão mais à lembrança contra ela. Quando terminar o conflito da vida, quando a armadura for deposta aos pés de Jesus, quando forem glorificados os santos de Deus, então, e só então, será seguro afirmar que estamos salvos e sem pecado”.  Mensagens Escolhidas, v 3 pág. 356.
Note que o último parágrafo diz que somente quando estivermos glorificados podemos garantir que somos salvos e sem pecado. 
Podemos estar agora salvo, de modo que se morrermos tenhamos essa certeza? 
A Bíblia nos assegura que podemos confiar em Cristo e somos salvos agora. 
“Em verdade, em verdade vos digo: quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna, não entra em juízo, mas passou da morte para a vida”. João 5:24. “Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus”. Romanos 8:1. 
Por salvos e sem pecado Ellen White quis dizer que após a vinda de Cristo estaremos alem da possibilidade de pecar. Ela está falando contra a falsa doutrina de uma vez salvo, salvo para sempre. Portanto, há uma diferença entre estar seguro da salvação e de uma vida sem pecado e proclamar que somos definitivamente antes da vinda de Cristo.
Note que Ellen White diz que somente; “Quando vierem os tempos de refrigério pela presença do Senhor, então os pecados da alma penitente que recebeu a graça de Cristo e venceu pelo sangue do Cordeiro serão removidos dos registros celestiais”.
Mas ela acreditava que: “Justificação é o perdão total do pecado. No momento em que o pecador aceita a Cristo pela fé, ele é perdoado. A justiça de Cristo lhe é imputada, e ele não mais deve duvidar da graça perdoadora de Deus”. Cuidado de Deus, pág. 325. 
 “Por meio de fé viva, por meio de fervorosa oração a Deus e confiando nos méritos de Jesus, somos revestidos de Sua justiça e somos salvos”. Fé e Obras, pág. 71.
 “Nem um momento mais preciso ficar sem me salvar. Ele morreu, e ressurgiu para minha justificação, e me salvará agora”. Mensagens Escolhidas v 3 pág. 356.
"Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça." I João 1:9. Todos quantos se arrependem têm a afirmação: "Tornará a apiedar-Se de nós; subjugará as nossas iniqüidades, e lançará todos os nossos pecados nas profundezas do mar". Miq. 7:19. O Desejado de Todas as Nações, pág. 806. 
 “Agora é o tempo da graça. Agora é o dia da salvação. Agora, sim agora é o tempo de Deus”. Testimonies, vol. 2, pág. 102.
 “Quando tivermos uma certeza viva e clara de nossa própria salvação, manifestaremos animação e alegria adequada a todo seguidor de Jesus Cristo”. Para Conhecê-lo, pág. 49.

Fechamento da porta da graça 
Se realmente acreditamos que haverá um fim da graça, e que Deus irá mostrar algo especial após este evento, então parece que também temos de acreditar na plena maturidade de caráter, o que significa viver sem ceder aos desejos pecaminosos. 
"Quando Jesus sair do santuário, os que são santos e justos serão santos e justos ainda; pois todos os seus pecados estarão apagados, e eles selados com o selo do Deus vivo. Mas aqueles que forem injustos e sujos, serão injustos e sujos ainda; pois não haverá então sacerdote no santuário para apresentar seus sacrifícios, confissões e orações perante o trono do Pai. Portanto, o que se há de fazer para livrar as almas da tormenta vindoura da ira, deve ser feito antes que Jesus saia do lugar santíssimo do santuário celestial”. Primeiros Escritos, pág. 48. 
 "Vi que muitos negligenciavam a preparação tão necessária, esperando que o tempo do "refrigério" e da "chuva serôdia" os habilitasse para estar em pé no dia do Senhor, e viver à Sua vista. Oh, quantos vi eu no tempo de angústia sem abrigo! Haviam negligenciado a necessária preparação, e, portanto não podiam receber o refrigério que todos precisam ter para habilitá-los a viver à vista de um Deus santo. Os que recusam ser talhados pelos profetas, e deixam de purificar o espírito na obediência da verdade toda, e se dispõe a crer que seu estado é muito melhor do que realmente é, chegarão ao tempo em que as pragas cairão, e verão que necessitam ser esculpidos e preparados para a edificação. Não haverá, porém, tempo para o fazer e nem Mediador para pleitear sua causa perante o Pai. Antes desse tempo sairá á declaração terrivelmente solene de que: "Quem é injusto faça injustiça ainda; e quem está sujo suje-se ainda; e quem é justo faça justiça ainda; e quem é santo seja santificado ainda." Apoc. 22:11. Vi que ninguém poderia participar do "refrigério" a menos que obtivesse a vitória sobre toda tentação, orgulho, egoísmo, amor ao mundo, e sobre toda má palavra e ação”. Primeiros Escritos, pág. 71. 
"Os que estiverem vivendo sobre a Terra quando a intercessão de Cristo cessar no santuário celestial deverão sem mediador estar em pé na presença do Deus santo. Suas vestes devem estar imaculadas, o caráter liberto de pecado, pelo sangue da aspersão. Mediante a graça de Deus e seu próprio esforço diligente, devem eles ser vencedores na batalha contra o mal". O Grande Conflito, pág. 425.
Que Cristo completou a obra de intercessão significa que não há mais o perdão de pecados. Então temos de acreditar na plena maturidade de caráter, o que significa viver sem ceder aos desejos pecaminosos. 
Pessoalmente, eu creio que a razão primária para um período sem intercessão antes da vinda de Cristo é para dramatizar a realidade do poder de Deus sobre na vida daqueles cujas vontades se unem totalmente a sua; perante o universo. 
As pessoas que anteriormente havia concordando com Satanás que era impossível obedecer á lei de Deus, finalmente, irão ver que não há realmente nenhuma desculpa para o pecado. Como um atleta correndo em uma pista centra-se no metro próximo, lembrando que a faixa está no final da corrida, o cristão centra-se na sua relação com Cristo hoje, sempre tendo em mente que há uma meta no final da corrida. 
Portanto, “desembaraçando-nos de todo peso e do pecado que tenazmente nos assedia, corramos, com perseverança, a carreira que nos está proposta, olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus”. Hebreus 12:1, 2.

Resumo de perfeição bíblica
Creio que a maioria das objeções a doutrina da perfeição, são baseadas em mal entendidos. Perfeição não significa uma falta de liberdade, ausência de fraqueza ou de tentação, em muitas mentes, perfeccionismo descreve uma perfeição distorcida e extrema. Neste sentido negativo, se concentra em um poder do homem independentemente da presença de Cristo habitando no coração.
Nós não cremos no perfeccionismo extremo, pois é um legalismo egoísta, que coloca a si no trono do coração, uma vez que depõe a Cristo do controle da vida. 
Também não cremos na doutrina de que a pessoa não pode guardar a lei de Deus, e que será salva mesmo em transgressão. 
“Não; é a fé genuína que diz: "Sei que estou em pecado, mas que Jesus me perdoa. "Qualquer que permanece nele purifica-se a si mesmo, como também Ele é puro. I João 3:3. Tem em sua vida um princípio permanente, que o habilita a vencer a tentação". Filhos e filhas de Deus, pág. 297.
 "Todo aquele que ultrapassa a doutrina de Cristo e nela não permanece não tem Deus; o que permanece na doutrina, esse tem tanto o Pai como o Filho". 2 Jo 1:9. 
"não que, por nós mesmos, sejamos capazes de pensar alguma coisa, como se partisse de nós; pelo contrário, a nossa suficiência vem de Deus". 2 Co 3:5.
"porque Deus é quem efetua em vós tanto o querer como o realizar, segundo a sua boa vontade". Filipenses 2:13. 
 "o Deus da paz, que tornou a trazer dentre os mortos a Jesus, nosso senhor, o grande pastor das ovelhas, pelo sangue da eterna aliança, vos aperfeiçoe em todo o bem, para cumprirdes a sua vontade, operando em vós o que é agradável diante dele, por Jesus Cristo, a quem seja a glória para todo o sempre. Amém!" Hebreus 13:21. 
Perfeição significa estar em uma relação tão íntima, tão perto de Cristo que o indivíduo deixa de responder aos gritos para o pecado, seja ele interno ou externo. Perfeição significa a plena cooperação com Cristo significa uma morte contínua de si mesmo e negação de suas inclinações. A perfeição é uma rejeição total de egoísmo e orgulho, é uma união da vontade do homem com a de Cristo é o Espírito Santo no controle total e final. A perfeição é um exercício contínuo de fé que mantém a alma pura de pecado. Perfeição refere-se ao estilo de vida dinâmico, aumentando na pessoa que reflete a vida de Jesus, para não mais render à rebelião, ou desejos pecaminosos.
Se a perfeição é entendida corretamente, vamos ver em termos de maturidade de caráter, o que significa que vivemos em harmonia com a vontade de Cristo. Ele habita em nós e essa realidade vai impedir os desejos do pecado. Cristo vai controlar o que por si só não é possível. Embora esta doutrina esteja clara na bíblia e nos escritos de Ellen White, há alguns que continuam a abrigar o pensamento de que Deus não espera perfeição, pureza e ausência total de pecado. 
"Se os que escondem e desculpam suas faltas pudessem ver como Satanás exulta sobre eles, como escarnece de Cristo e dos santos anjos, pelo procedimento deles, apressar-se-iam a confessar seus pecados e deixá-los. Por meio dos defeitos do caráter, Satanás trabalha para obter o domínio da mente toda, e sabe que, se esses defeitos forem acariciados, será bem-sucedido. Portanto, está constantemente procurando enganar os seguidores de Cristo com seu fatal sofisma de que lhes é impossível vencer". O Grande Conflito, pág. 489.
Este erro começa com um mal-entendido de que Cristo teve a natureza de Adão antes da queda e que por isso ele não pecou. Como não temos essa natureza então pecamos. Mas Jesus não era apenas substituto do homem, mas também seu exemplo.

Ouvimos que Jesus não pecou porque era Deus, isso é verdade? 
 "Como Deus, Cristo não poderia ser tentado a pecar, assim como não fora tentado a quebrar Seu concerto no Céu. Quando, porém, Cristo humilhou-Se e assumiu a natureza humana, colocou-Se sob a tentação." A Verdade Sobre os Anjos Pág.157.
 "O homem não pode vencer as tentações de Satanás sem combinar o poder divino com a sua habilidade. Assim foi com Jesus Cristo: Ele podia lançar mão do poder divino. Ele não veio ao nosso mundo para prestar a obediência de um Deus inferior a um superior, mas como homem, para obedecer à Santa Lei de Deus, e desta maneira Ele é nosso exemplo". Mensagens Escolhidas, vol. 3 pág. 140.
 "Cristo assumiu a humanidade e suportou o ódio do mundo para que pudesse mostrar aos homens e mulheres que eles podiam viver sem pecado, que suas palavras, suas ações, seu espírito podiam ser santificados a Deus. Podemos ser cristãos perfeitos se manifestarmos em nossa vida esse poder". Mente Caráter e Personalidade, v 2 pág. 527. 
Aceitaremos este desafio?

Reconciliação do universo
 “O universo celestial, os mundos não caídos, o mundo caído e a confederação do mal não podem dizer que Deus poderia ter feito mais do que fez pela salvação do homem. Sua dádiva nunca poderá ser superada; nunca poderá Ele manifestar maior profundeza de amor. O Calvário constitui Sua obra culminante”. Exaltai-O pág. 233.
 “A grande obra da redenção só poderia ser efetuada pelo Redentor ao tomar o lugar do Adão caído. Levando sobre Si os pecados do mundo, Ele poderia palmilhar o caminho em que Adão tropeçou. Suportaria uma prova infinitamente mais severa do que aquela que Adão falhou em suportar. Creditaria à conta do homem, ao derrotar o tentador por meio da obediência, Sua pureza de caráter e serena integridade, imputando ao homem Sua justiça, para que, em Seu nome, o ser humano pudesse superar o inimigo por iniciativa própria”. No Deserto da Tentação, Pág. 22.
 “Assim que Adão pecou, o Filho de Deus ofereceu-Se como penhor em favor da humanidade, com tanta espontaneidade para desviar a condenação pronunciada sobre o culpado, como quando morreu na cruz do Calvário. Adão e Eva sentiram profunda dor e arrependimento pela sua culpa. Creram na preciosa promessa de Deus, e foram salvos da completa ruína”.  SDA Bible Commentary, vol. 1, pág. 1.084.
Obviamente que essa completa ruína não se refere maldição pronunciada sobre a terra incluindo a primeira morte! (Gen. 3:16-19).
“Adão Sinceramente se arrependeu de seu pecado, confiando nos méritos do Salvador prometido, e morreu (primeira morte) na esperança de uma ressurreição”. O Grande Conflito, pág. 647. 
Adão havia compreendido que a pena da segunda morte tinha sido pago. Mas a maldição e as conseqüências reais que o pecado trouxe incluindo a primeira morte permaneceram. 
 "O salário do pecado é a morte; mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor." Rom. 6:23. Ao passo que a vida é a herança dos justos, a morte é a porção dos ímpios. Moisés declarou a Israel: "Hoje te tenho proposto a vida e o bem, e a morte e o mal." Deut. 30:15. A morte a que se faz referência nestas passagens, não é a que foi pronunciada sobre Adão, pois a humanidade toda sofre a pena de sua transgressão. É a "segunda morte" que se põe em contraste com a vida eterna. Em conseqüência do pecado de Adão, a morte passou a toda a raça humana. Todos semelhantemente descem ao sepulcro. E, pelas providências do plano da salvação, todos devem ressurgir da sepultura. "Há de haver ressurreição de mortos, assim dos justos como dos injustos" (Atos 24:15); "assim como todos morrem em Adão, assim também todos serão vivificados em Cristo." I Cor. 15:22. Uma distinção, porém, se faz entre as duas classes que ressuscitam. "Todos os que estão nos sepulcros ouvirão a Sua voz. E os que fizeram o bem, sairão para a ressurreição da vida; e os que fizeram o mal para a ressurreição da condenação." João 5:28 e 29. Os que foram "tidos por dignos" da ressurreição da vida, são "bem-aventurados e santos". "Sobre estes não tem poder a segunda morte." Apoc. 20:6. Os que, porém, não alcançaram o perdão, mediante o arrependimento e a fé, devem receber a pena da transgressão: "o salário do pecado". Sofrem castigo, que varia em duração e intensidade, "segundo suas obras", mas que finalmente termina com a segunda morte. Visto ser impossível para Deus, de modo coerente com a Sua justiça e misericórdia salvar o pecador em seus pecados, Ele o despoja da existência, que perdeu por suas transgressões, e da qual se mostrou indigno”. O Grande Conflito, pág. 544.
Qualquer que tropeça em um só ponto da lei, se torna culpado. (Tiago 2:10). 
Quando aceita a Cristo como seu salvador não há mais nenhuma condenação (Romanos. 8:1), mesmo assim ela ainda é punida com a primeira morte. 
Cristo disse: "quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna, não entra em juízo, mas passou da morte para a vida" João 5:24.
Passou de qual morte? Primeira, ou segunda?  Obviamente que é da segunda!
Cristo disse: "se alguém guardar a minha palavra, não verá a morte, eternamente" João 8:51. Não verá qual morte? Primeira, ou segunda? Obviamente que é da segunda!
Cristo disse: "Quem crê em mim, ainda que morra, viverá" João 11:25.
Ainda que morra qual morte? Primeira, ou segunda? Obviamente que é a Primeira!
Temos duas conseqüências do pecado, os seres humanos, animais e natureza leva à primeira morte. Por outro lado temos a culpa, o que leva a segunda morte, que foi pago por Jesus. Se aceitarmos a Jesus como a nosso salvador, não seremos punidos com a segunda morte.

A expiação abrange todas as conseqüências do pecado inclusive nos céus
 “havendo feito a paz pelo sangue da sua cruz, por meio dele, reconciliasse consigo mesmo todas as coisas, quer sobre a terra, quer nos céus” Colossenses 1:20, “de fazer convergir nele, na dispensação da plenitude dos tempos, todas as coisas, tanto as do céu, como as da terra”. Efésios 1:10. “Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, (Gr kosmos = universo) não imputando aos homens as suas transgressões”. 2 Coríntios 5:19. 

Para os anjos e os mundos não caídos, o brado: "Está consumado" teve profunda significação. Fora em seu benefício, bem como no nosso, que se operara a grande obra da redenção. Juntamente conosco, compartilham eles os frutos da vitória de Cristo. Até a morte de Jesus, o caráter de Satanás não fora ainda claramente revelado aos anjos e mundos não caídos. O arqui-apóstata se revestira por tal forma de engano, que mesmo os santos seres não lhe compreenderam os princípios”. O Desejado de Todas as Nações, pág. 758. 
 "Satanás viu que estava desmascarado. Sua administração foi exposta perante os anjos não caídos e o Universo celestial. Revelara-se um homicida. Derramando o sangue do Filho de Deus, desarraigou-se Satanás das simpatias dos seres celestiais" O Desejado de Todas as Nações, pág. 761. 
 “despojando os principados e as potestades, publicamente os expôs ao desprezo, triunfando deles na cruz” (Col 2:15). 

A expiação fez também provisão para que os filhos de Adão tivessem poder moral para vencer as tentações do inimigo se assim escolhesse
 “Cristo sabia que Adão no Éden com suas vantagens superiores podia ter enfrentado as tentações de Satanás e tê-lo vencido. Igualmente sabia que não era possível ao homem fora do Éden, separado da luz e do amor de Deus desde a queda, resistir às tentações de Satanás na sua própria força. Ele obteve para os caídos filhos e filhas de Adão a força, que por si mesmos é impossível obter, mas em Seu nome poderiam vencer as tentações de Satanás”. No Deserto da Tentação, pág. 55.
 “Quando Adão e Eva foram colocados no Jardim do Éden, eram inocentes e puros, em perfeita harmonia com Deus. A inimizade não tinha existência natural em seu coração. Quando transgrediram, entretanto, sua natureza deixou de ser santa. Tornaram-se ímpios, já que se haviam colocado ao lado do inimigo caído, fazendo exatamente aquilo que Deus lhes especificara não fizessem. Não tivesse havido interferência da parte de Deus, os seres humanos caídos teriam formado uma firme aliança com Satanás contra o Céu. Mas quando foram proferidas as palavras "Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu descendente. Este te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar" (Gên. 3:15), Satanás soube que, embora tivesse obtido êxito em fazer com que os seres humanos pecassem, embora os houvesse levado a crer em sua mentira e questionar a Deus, embora tivesse sido bem-sucedido em depravar a natureza humana, alguma providência fora tomada, mediante a qual os seres caídos seriam colocados em posição vantajosa, sua natureza renovada em piedade. Viu que suas ações, ao tentá-los, deporiam contra si mesmo, e ele seria colocado onde não pudesse tornar-se vencedor. Deus comprometeu-Se a introduzir no coração dos seres humanos um novo princípio - o ódio ao pecado, ao engano, à presunção, a tudo que trouxesse as marcas da traição de Satanás”.  Cristo Triunfante, pág. 28.
 “Há muitos que murmuram em seus corações contra Deus. Eles dizem: "Nós herdamos a natureza caída de Adão, e não somos responsáveis ​​por nossas imperfeições naturais." Eles encontram falha nos requisitos de Deus, e se queixam de que Ele exige o que eles não têm poder para dar. Satanás fez a mesma queixa no céu, mas tais pensamentos desonram a Deus”.  Signs of the Times, 29-08-1892.
 “Devemos estudar, copiar e seguir a Jesus Cristo, e então traremos para o nosso caráter a Sua amabilidade e beleza. Ao fazê-lo, estaremos diante de Deus por meio da fé, conquistando de volta, pelo conflito com os poderes das trevas, o poder do autocontrole, o amor de Deus que Adão perdeu”. Manuscrito 6a, 1886
 “Ao passo que Adão foi criado sem pecado, à semelhança de Deus, Sete, como Caim, herdou a natureza decaída de seus pais. Mas recebeu também conhecimento do Redentor, e instrução em justiça. Pela graça divina serviu e honrou a Deus; e trabalhou, como o teria feito Abel caso ele vivesse, para volver a mente dos homens pecadores à reverência e obediência a seu Criador”. Patriarcas e Profetas, pág. 80.
 “A vontade é o poder que governa a natureza do homem, pondo todas as outras faculdades sob seu comando. A vontade não é o gosto nem a inclinação, mas o poder que decide, o qual opera nos filhos dos homens para obediência a Deus, ou para a desobediência”. Mensagens aos Jovens, pág. 151.
 “Podemos pôr nossa vontade ao lado da vontade de Deus, e em Sua força e graça resistir às tentações do inimigo. À medida que cedemos à influência do Espírito de Deus, nossa consciência se torna tenra e sensível, e o pecado que passamos por alto, dando pouca atenção, torna-se excessivamente pecaminoso”. Nossa Alta Vocação, pág. 148.

Crise cristológica no Adventismo
Dados Históricos.
Tocado por Nossos Sentimentos é uma pesquisa histórica do conceito adventista sobre a natureza humana de Cristo; Publicado originalmente pela Review and Herald Publishing Association sob o título “Touched With Our Feelings”.
Autor: Pr. Jean R. Zurcher, Ph. D. Presidente da Comissão de Pesquisa Bíblica da Divisão Euro-Africana da IASD – Secretário da Mesma Divisão.
Neste volume, ele crônica cuidadosamente o histórico de dados e analisa a cristológica posição bíblica, alcançado testemunho unânime de todas as testemunhas Adventistas Sétimo Dia, durante um período de mais de cem anos; de que a natureza humana de Cristo era caída e pecaminosa. Este grupo era composto de adventista da primeira linha de liderança. Incluiu: 
Presidentes da Associação Geral; James White, AG Daniels, CH Watson, WH Branson McElhany e JL; 
Vices-presidentes da Associação Geral; WW Prescott, IH Evans e HL Rudy; 
Presidentes de divisões; EF Hackman, WG Turner, CB Haynes, JE Fulton, AV Olson e LH Christian; 
Secretários da Associação Geral; Thompson GB e FC Gilbert; 
presidentes de uniões; RA Underwood e EK Slade; 
Secretários de uniões; AW Semmens e J. McCulloch; 
Presidentes de colégios; RS Owen, HE Giddings, WE Howell e ML Andreasen (que também era um professor de seminário). 
Presidentes de conferências; SN Haskell, CP Bollman, JL Schuler, AT Robinson e CL Bond. 
Editores de Review, Sinais e bíblicos Echo; AT Jones, Uriah Smith, FM Wilcox, JH Waggoner, 
EJ Waggoner, EW Farnsworth, WH Glenn, MC Wilcox, FD Nichol, AL Baker, O. Tait, Snow CM, G. Dalrymple, R. Hare, M. Neff e GC Tenny. Todas estes ilustres líderes do adventismo publicaram, em artigos e livros, as suas fortes convicções que Cristo veio a terra na natureza humana do homem decaído. Além disso, havia muitos escritores que não detêm posições elevadas na igreja, mas que tem estatura suficiente para ser considerado elegível para escrever a mesma coisa em nossas publicações um total de 1200 vezes, até a década de 1950.

Waggoner e Jones na assembléia de Minneapolis enfatizaram que a natureza de Cristo era pós-queda (pós-lapsariana).
Comentando sobre a assembléia de Minneapolis, Ellen White escreveu:

 “Em sua grande misericórdia, enviou o Senhor preciosa mensagem a Seu povo por intermédio dos pastores Waggoner e Jones. Está mensagem devia por de maneira mais preeminente diante do mundo o Salvador crucificado, o sacrifício pelos pecados de todo o mundo. Apresentava a justificação pela fé no Fiador; convidava o povo para receber a justiça de Cristo, que se manifesta na obediência de todos os mandamentos de Deus”. Testemunhos para Ministro, pág. 91.
Na Sings of the Times de 21 de janeiro de 1889, Waggoner afirmou que nascemos com tendências pecaminosas e que quando Cristo veio a este mundo, “tornou-Se sujeito a todas as condições as quais os outros filhos estão sujeitos”.
Na assembléia da associação geral de 1895, Jones pregou 26 sermões sobre a mensagem do terceiro anjo de apocalipse 14. Esses sermões englobam a natureza humana de Cristo e sua relação com a justificação pela fé, sendo que seis sermões consideraram apenas a natureza humana de Cristo e como a mesma tinha tendências pecaminosas. Desta maneira, o fato de ter Cristo vencido o pecado, mesmo possuindo tendências pecaminosas, Jones argumentava que nos também poderíamos alcançar uma perfeição de caráter.
Em 25/09/1900 numa carta a Ellen White que na época se encontrava na Austrália, Stephen Haskell informou: “Quando declaramos crer que Cristo nasceu em humanidade caída, eles, (toda comissão executiva da Associação de Indiana e quase todos os pastores) imaginavam que críamos que Cristo pecou, apesar de havermos declarado nossa posição de maneira tão clara que parecia não haver quem pudesse interpretá-la mal. O argumento teológico deles sobre este aspecto específico é este: Crêem que Cristo tomou a natureza de Adão antes da queda; revestiu-se assim, da humanidade  conforme ela era no jardim do Éden e portanto, a humanidade era santa. A respeito dessas doutrinas, Ellen White declarou na reunião de nomeações da Associação de Indiana, em Indianápolis, em 5 de maio de 1901: “Não há um fio de verdade em todo o tecido.” (Arquivo de Documento 190 do patrimônio Literário White).
“Fui instruída a dizer aos de Indiana que estão defendendo doutrinas estranhas”. Mensagens Escolhidas vol. 2 pág. 33.
“Irmão e irmã Haskell, devemos revestir-nos de toda a armadura, e havendo feito tudo, ficar firmes”. Mensagens Escolhidas, v 2 pág. 38.
“Essas teorias foram inventadas por homens que não aprenderam a primeira grande lição de que o Espírito e a vida de Deus Se encontram em Sua Palavra”. Mensagens Escolhidas v 2 pág. 39.
No princípio de 1930, um artigo desafiando três ensinos adventistas, inclusive a natureza de Cristo, apareceu no Moody Monthly, Francis D. Nichol, editor da Review and Herald, respondeu às acusações escrevendo uma carta ao editor do Moody. Com referência ao ensino de que Cristo "herdou uma natureza decaída, e pecaminosa", ele disse: "A crença dos adventistas do sétimo sobre esse assunto está claramente fundamentada em Hebreus 2: 14-18. Na medida em que tal passagem bíblica ensina a real participação de Cristo em nossa natureza, assim nós pregamos". Review and Herald, 01/03/1931. 
    

As mudanças nas doutrinas Adventista
Kenneth H. Wood, presidente - Conselho Curador do Patrimônio literário White em 1996. Disse: “Imagine minha surpresa então, quando, como um dos editores da Review nos anos cinqüenta, ouvi alguns líderes de igreja dizer que o ensino de que Cristo "herdou uma natureza decaída, e pecaminosa" não era um ponto de vista correto - que essa era apenas a visão de uma "ala lunática" da igreja. O diálogo foi tomando espaço entre uns poucos ministros evangélicos. Foi-me dito que nossa posição sobre a natureza humana de Cristo estava sendo "elucidada". Como resultado desse diálogo, muitos líderes da igreja que haviam estado envolvidos nas discussões, declarou que Cristo tomou a natureza de Adão antes da queda e não após ela. A mudança foi de 180 graus; de pós-lapsarianos para pré-lapsarianos”.

O Livro, Questões Sobre Doutrina 
Numa carta enviada em 28 de novembro de 1949, TE Unruh, presidente da Associação adventista Leste da Pensilvânia, elogiou o Dr. Donald Barnhouse, editor da revista Eternity, depois de ouvir no rádio abordar sobre "justificação pela fé". Barnhouse estava surpreso que um líder Adventista o elogiasse. Barnhouse estava convencido de que os adventistas acreditavam em "Justiça pelas obras". Barnhouse também observou que os adventistas tinham uma satânica e perigosa "Cristologia". Unruh trocou várias cartas com Barnhouse. Em uma delas, ele enviou o livro “Caminho a Cristo”.  Barnhouse afirmou que “Caminho a Cristo” era falso em todas as suas partes. Unruh decidiu não continuar a correspondência. Nenhuma comunicação teve lugar entre Unruh e Barnhouse de junho de 1950 até 1955. Agora entra em cena Walter Martin, um jovem investigador com uma reputação no mundo evangélico como um especialista em seitas e um dos editores da consultoria Barnhouse sobre Eternit. Ele estava terminando seu próximo livro “O reino das seitas”, em que ele categoriza como seitas; Testemunhas de Jeová, Ciência Cristã, Mormonismo, etc... Mas o Espírito Santo moveu Martin para considerar as cartas de Unruh, a Barnhouse cinco anos antes. Martin sabia de LeRoy Froom por seu importante e impressionante trabalho sobre a história da igreja. Ele convidou a Unruh para uma reunião em Washington, DC, onde ele poderia ter entrevista com Froom e outros líderes, antes da preparação do próximo livro sobre seitas. Unruh e Froom convidaram Walter Read, um secretário de campo da Conferência Geral e lingüista bíblica e Roy Allan Anderson, editor do Ministério, e o Dr. Edward Heppenstall. Essas conferências começaram em março de 1955 e terminou em maio de 1956. Depois de se reunirem com os teólogos calvinistas Dr. Walter Martin e Dr. Donald Grey Barnhouse; em 1957 os lideres adventista publicaram uma obra intitulada Questions on Doctrine (Questões Sobre Doutrina), defendendo que Cristo tinha a natureza pré-lapsariana (antes da queda). Isso gerou uma reação por parte do teólogo Andreasen; que argumentou que as questões defendidas no livro Questions on Doctrine estava levando a igreja a uma apostasia da fé adventista. Ele atacou tanto a igreja que a liderança decidiu retirar o livro de circulação e suspender sua credencial de pastor. 
A linha pos-lapisariana Adventista foi seguida por alguns doutores de teologia como Herbert E. Douglass, Kenneth Wood, C. Mervyn Maxwell, Jean Zurcher, Ralph Larson, Jack Sequeira, Robert J. Wieland, Thomas A. Davis, Denis priebe.

As tristes Realidades. 
Autor: Ralph Larson professor de teologia que serviu pela a última vez como dignitário eclesiástico que presidiu ao cabido no Seminário Teológico Adventista do Sétimo Dia no Oriente. Ele fez também uma pesquisa histórica, e diz: “Nossos pioneiros, incluindo Ellen White, haviam prestado muita atenção mais do que eu havia suposto referente á natureza humana de Cristo; haviam escrito e publicado, durante os anos 1852–1952, mil e duzentas declarações dizendo que sua natureza humana de Cristo era caída como a nossa, e não como a de Adão antes da queda. Quatrocentas dessas declarações provinham de Ellen White. Porem, eles tiveram muito cuidado ao escrever que em natureza humana caída ele nunca havia pecado. Ofereci 1000 dólares para que me apresentasse um texto de Ellen White falando o contrario. Ninguém veio buscar”.

A Oportunidade do Século
Autor: Herbert E. Douglass, TH. D. Ele Possui um currículo profissional que entre as varias atividades inclui professor do pacific union college, reitor acadêmico e presidente do atlantic union college, editor associado da adventist review, vice-presidente da pacific press publishing association e fez parte da equipe de editores responsáveis pelo comentário bíblico adventista do sétimo dia. Ele diz: Nas palavras de Knight, o livro Questões Sobre Doutrina “pode ser qualificado como sendo o livro que mais provocou divisão na história adventista do sétimo dia”. Knight foi muito claro ao relatar a posição de Andreasen, que afirmou que o livro Questões Sobre Doutrina era “uma traição para ganhar o reconhecimento dos calvinistas”. Knight observou: “Infelizmente existem elementos de traição na manipulação dos dados e nas inverdades que foram passadas para Barnhouse e Martin sobre o assunto. O resultado causou um desastre nas fileiras adventista nos anos seguintes. “O adventismo oficial pode ter sido reconhecido como sendo cristão pelo mundo evangélico, mas no processo uma brecha foi aberta, uma brecha que nunca foi fechada e talvez nunca feche”. Herbert E. Douglass continua: “Em 1975, nossa comissão se reuniu em Washington a fim de analisar o pedido feito pela Review and Herald para republicar o livro Questões Sobre Doutrina, a maior parte da liderança da associação geral opôs-se a reimpressão do livro. Quanto mais o livro era examinado mais firme se tornava a oposição a sua reimpressão. Lembro-me bem daqueles dias em 1970 quando como diretor associado da Review and Herald comecei a ler o contexto de cada afirmação apresentadas no livro Questões Sobre Doutrina; levei tais declarações a Kenneth H. Wood, editor chefe e ficávamos pasmos diante da profunda falta de consideração que houve pelo contexto em que tais declarações estavam inseridas. Essa coleção de citações manipuladas tornou-se desde então, a arma usada por pastores professores e autores que nelas confiam. Perdendo de vista o quadro geral”. Em 1957 conversei com Arthur White diretor do Ellen G White Estate nos Estados Unidos. Ele disse: Herbert, pensei que morreria tentando explicar meu ponto de vista a Froom e Anderson.


  1. Nota: "Desde a Assembléia de Palmdale Califórnia, Estados Unidos [sobre justificação pela fé], em 1976, a Associação Geral tem reconhecido que ambas as posições sobre a natureza de Cristo são aceitáveis para a igreja. A respeito disso, há membros da Associação Geral a favor de uma e de outra posição. Alguns se opõem energicamente à posição dos pioneiros; outros a proclamam abertamente. Ninguém pode negar a liberdade de outro para expor sua compreensão sobre o tema.

De 24 a 27 de outubro de 2007 aconteceu á conferência do 50º aniversário do livro Questões Sobre Doutrina, na Andrews Universit em Berrien Springs, MI. Foram debatidos os resultados que o livro trouxe no adventismo. Herbert Edgar Douglass esteve defendendo o pós-lapsarianismo, e defendendo o pré-lapsarianismo, esteve George Knight. Nas palavras de Knight, o livro Questões Sobre Doutrina “pode ser qualificado como sendo o livro que mais provocou divisão na história adventista do sétimo dia”.


Nota: Em agosto de 1989, o Instituto de Pesquisa Bíblica da Conferência Geral emitiu um apelo pela unidade da Igreja. Neste documento diz o seguinte: "As igrejas do mundo nunca viu esses temas (natureza de Cristo, a natureza do pecado) como essenciais para a salvação, nem são para a missão da igreja remanescente... Não pode haver unidade forte dentro igreja remanescente de Deus, desde que esses pontos de vista focalizem e agite-os tanto na América do Norte como em divisões no exterior. Essas questões terão de ser postas de lado e insistir com o nosso povo com questões essenciais".


O livro Nisto Cremos na página 71 diz: “Ao assumir a “forma de servo”, deixou de lado Suas prerrogativas divinas (Filip. 2:7). Tornou-Se o servo de Seu Pai (Isa. 42:1), disposto a cumprir a vontade do Pai (João 6:38; Mat. 26:39 e 42). Revestiu Sua divindade com a humanidade; foi feito “em semelhança de carne pecaminosa” ou “natureza humana pecaminosa” ou “natureza humana caída” (cf. Rom. 8:3). 
O pastor Ted Wilson, eleito presidente da associação geral dos adventistas do sétimo dia em 2010, se posicionou abertamente como pós-lapsariano; veja o vídeo no endereço a seguir http://www.youtube.com/watch?v=FxZYLzVzJdw&feature=relmfu.

Os editores da NTLH entenderam que Cristo “veio na forma da nossa natureza pecaminosa". Romanos 8:3. Outros dos mais respeitados teólogos protestantes de nossa época, tem tomado a mesma posição pos-lapisariana no que se refere á natureza humana de Cristo. Entre esses teólogos estão, Karl Barth, Emil Brunner, Rudolf Bultmann, Oscar Cullmann, e J. A. T. Robinson.


Nota: George Raymond Knight, teólogo e historiador da Igreja Adventista, reconhece em seu livro “Em busca de Identidade” que: “Os fundadores do adventismo do sétimo dia não poderia unir-se à igreja hoje se tivesse de concordar com as ’27 Crenças Fundamentais’ da denominação. (1ª edição, pág.16).

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